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Por: SALVE SEUS DADOS

empresa criada  por empregados voluntários das empresas públicas de tecnologia do Brasil, Dataprev e Serpro

Em meio a uma nova onda da pandemia e sob um apagão de dados, começa o ano mais importante para o futuro do País. Será neste recém iniciado 2022 que haverá a escolha democrática do presidente – que poderá ou não ser o mesmo-, dos governadores e de um novo Congresso Nacional. Políticos cujos cargos podem mudar o rumo do Brasil, e implementar um novo projeto de Estado.

Em relação à Dataprev e ao Serpro – guardiãs públicas dos dados pessoais dos brasileiros e do Brasil – houve um adiamento do leilão de privatização das empresas para o ano de 2023 anunciado em setembro de 2021, quando haverá a posse do possível novo governo. Contudo, no caso de 2021 houve a divulgação de um slide do hub de desestatizações que mostrava que a privatização das duas estatais de tecnologia da informação do governo federal ocorreria ainda neste ano, que mal começou.

É possível que os dados divulgados ainda não houvessem sido atualizados, ou que um erro de comunicação tivesse criado um mal entendido, porém, é necessário que todos que se importam com a segurança dos dados pessoais e do País se atentem ao fato e sejam esclarecidos quanto a ele.

Com a proximidade das eleições, o tom das polêmicas vem subindo e situações importantes como as privatizações acabam perdendo espaço nos noticiários do País. Resta saber se as tais “cortinas de fumaça” seguirão densas o suficiente para distrair a população das ações do governo que podem dilapidar o patrimônio público e espoliar a população de seus direitos.

Analistas concordam que as turbulências do ano eleitoral podem ter efeitos completamente contraditórios em relação à privatização da Dataprev e do Serpro: se por um lado o efeito “cortina de fumaça” pode contribuir para uma privatização sem que a população sequer se dê conta, de outro, o momento político agitado poderá dificultar a execução dos projetos em andamento, inclusive as privatizações.

O ano de 2022 mal nasceu e já tem sobre si uma responsabilidade imensa para o futuro do Brasil. Será necessário que quem defende uma política de dados que privilegie a segurança da população e do País se mantenha atento à agenda do governo, e que siga mobilizado denunciando os males que a privatização do Serpro e da Dataprev pode causar a todos.

É preciso não só conseguir o apoio dos congressistas que atualmente ocupam as cadeiras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, mas também sensibilizar os candidatos e candidatas que ocuparão essas cadeiras na próxima legislatura, que começa em 2023 sobre a importância de uma política que proteja os cidadãos e o Estado, e a necessidade de que a Dataprev e o Serpro sigam públicas e ainda mais fortes para isso.

Além disso, as diversas questões levantadas, e outras que surjam no decorrer de 2022, precisam ser respondidas pelo governo e pelos postulantes aos cargos que ficarão vagos. Como afirmou um funcionário da Dataprev, “O ano começa com muitas incógnitas e diversas possibilidades, mas a única certeza é que não dá pra ficar apenas assistindo passivamente a história acontecer”.

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