Luzia de Paula é deputada distrital pelo PEN
Novembro Azul é uma importante campanha criada em 2003 na Austrália com o objetivo de conscientizar a sociedade e, principalmente, os homens sobre a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata e outras doenças que acometem os homens.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) dão conta que o câncer de próstata é o segundo maior causador de mortes de homens, perdendo apenas para o câncer de pele. Podemos afirmar, a partir das informações que temos, que o câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no planeta e o que mais atinge os homens, representando aproximadamente 10% do total de cânceres.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, surgem todos os anos 50 mil novos casos de câncer de próstata que resultam em 12 mil óbitos. Por incrível que pareça o maior vilão nessa realidade não é a doença em si, mas o preconceito e a desinformação.
A Sociedade Brasileira de Urologia aconselha que os homens com idade superior a 45 anos façam uma vez por ano os exames preventivos, que consistem no toque retal e na coleta de sangue para a dosagem do PSA. Mesmo que possam ser vistos como constrangedores, tais exames não podem ter freio no preconceito, principalmente quando a proteção à vida é que está em jogo.
Apresentei duas propostas na Câmara Legislativa que buscam proteção à saúde do homem. A primeira trata-se do Projeto de Lei nº 1.675/2013, que propõe a criação do Dia Distrital da Saúde do Homem em 19 de novembro, e a segunda refere-se ao Projeto de Lei nº 1.679/2013, que institui o Novembro Azul no Distrito Federal, voltado a esclarecer a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata e outras doenças.
Se houvesse por parte do Estado e da sociedade a preocupação em atuar efetivamente na prevenção de doenças, certamente os gastos com saúde pública seriam bem menores. Imaginem o impacto desses 50 mil novos casos de câncer de próstata nas finanças das famílias e da saúde pública. Imaginem o tamanho da tristeza causada por essas 12 mil mortes.
Cuidar da saúde do homem, como proponho, é cuidar da família, de Brasília, do Brasil. Não temos como ceder a vida ao preconceito, à desinformação. Urge o desenvolvimento de campanhas voltadas a esclarecer a sociedade sobre a importância da profilaxia em relação às doenças masculinas, assim como as femininas, embora seja notório que a mulher é mais cuidadosa e menos preconceituosa no tocante a sua saúde.
Defendo um novembro todo colorido de azul, o Novembro Azul. O novembro em que atuaremos com toda nossa força e perseverança na promoção de ações que caminharão no sentido de informar a população sobre a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças do homem.
Por fim, alertamos: “Homens, a vida vale mais que o preconceito”.