Setembro Amarelo: Agir Para Prevenir

Foto/Divulgação

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Chegou o mês de setembro e com ele a UNALE irá, mais uma vez, promover uma campanha de saúde em prol da valorização da vida, o “Setembro Amarelo: Agir para prevenir”. Mas antes de se tratar propriamente da campanha, a entidade traz um histórico da origem do mês que reforça o combate ao autoextermínio.

As origens da depressão

A depressão é uma doença de potencial incapacitante que afeta pessoas de diferentes condições sociais, econômicas e pessoais. São comorbidades que prejudicam os âmbitos sociais, pessoais, familiares, profissionais e a autoestima, prejudicando a autonomia da pessoa humana.

Foi em reconhecimento à importância de se tratar, de forma preventiva, esta doença, que nasceu o Setembro Amarelo. Criado em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a iniciativa visa a prevenção do suicídio, o combate aos transtornos mentais como a ansiedade e a conscientização sobre o uso correto das medicações psicotrópicas. Com a temática “Agir para prevenir”, a campanha se faz ainda mais importante no contexto atual de pandemia e isolamento social.

A história do reconhecimento da depressão é motivo de debates. Os registros mais antigos sobre a melancolia humana partiam da noção de uma deficiência espiritual causada por demônios, espíritos malignos ou pela falta de fé.

Tal entendimento se fez presente em culturas milenares como a dos gregos, dos romanos, dos chineses, babilônios e egípcios. Por conta de crenças enraizadas, os tratamentos se baseavam em exorcismos, espancamentos e tortura como forma de expulsar demônios e entidades, considerados como os causadores das enfermidades da mente.

Ainda na antiguidade e precedendo a Idade Média, Hipócrates definiu a depressão como um desbalanceamento do que se entendia como fluídos químicos. Cícero, um filósofo romano, por sua vez, já defendia que a melancolia dos seres humanos é causada por sentimentos naturais como a raiva, o luto e o medo.

Ao longo do século 20 houveram avanços no entendimento da saúde mental. Em 1917, Sigmund Freud publicou seus estudos sobre os temas da consciência humana expandindo a noção do papel do inconsciente e elaborando temas como a perda, o luto, os sonhos e os traumas e como experiências passadas formam a nossa mentalidade.

A psicologia comportamental ou behavirista difere da posição freudiana de que a depressão seria causada por questões do inconsciente, defendendo que as nossas  mentalidades e percepções da realidade são comportamentos aprendidos e moldados.

O histórico de um passado recente dos tratamentos oferecidos às pessoas consideradas como doentes mentais também é controverso e merecedor de questionamentos e reflexões. Existem, desde o final do século 20, movimentos e ações que visam a não institucionalização, ou seja, opções de tratamentos ambulatoriais que não implicam na internação e no isolamento do paciente.

Instituições como os Centros de Tenção Psicossocial (CAPS) que auxiliam com tratamentos clínicos e ocupacionais aos que sofrem de transtornos mentais ou com o abuso de álcool e drogas se mostram como uma alternativa às internações.

 A Organização mundial de saúde (OMS) mostra que o Brasil é o país com a maior taxa de depressão na américa latina. De acordo com a pesquisa, entre onze países, o Brasil desponta com mais casos de ansiedade (63%) e depressão (59%), seguido, apenas da Irlanda e dos Estados Unidos.

A UNALE se compromete com a saúde pública. Acompanhe nossas publicações para mais informações e opiniões de especialistas sobre como lidar com os problemas de saúde mental.

Por Hans Weinner/Ascom Unale

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