Volnei Morastoni é deputado estadual pelo PT de Santa Catarina
O Programa “Mais Médicos” lançado pelo Ministério da Saúde para suprir a falta de profissionais em regiões carentes e do interior do Brasil foi muito bem pensado e acertado. Afinal, o déficit atual do país é de 54 mil e há cidades sem nenhum médico. O desdobramento do programa, que prevê a vinda dos estrangeiros, também merece aplausos, pois o governo da presidenta Dilma Rousseff oportunizou para que os médicos brasileiros ocupassem as vagas e isso não ocorreu.
Se o estado da saúde brasileira é preocupante, os médicos têm responsabilidade, sim, de ajudar, de fazer a sua parte para melhorar o sistema. É certo que há municípios com pouco ou nenhum equipamento, mas os médicos podem auxiliar a reverter esta situação, pressionando as Secretarias da Saúde e as Prefeituras a identificarem as demandas e a buscarem os recursos, junto ao Governo Federal e Estaduais.
O governo Federal anunciou investimentos de R$ 15 bilhões até 2014 na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil, através das Redes de Atenção: Urgência/Emergência, Cegonha, Psicossocial, Pessoas com Deficiências e Pessoas com Doenças Crônicas. E destacamos aqui a importância da Atenção Básica de todo o sistema pré-hospitalar na Saúde Pública.
Começaram a chegar ao Brasil os médicos estrangeiros, principalmente os cubanos. Que sejam muito bem vindos! Cuba forma médicos para o mundo e esses profissionais possuem visão solidária e exercem uma medicina no verdadeiro sentido da formação. É lamentável que as entidades têm agido com uma visão extremamente corporativista ao dificultar o Programa.
É perfeitamente justificada a decisão do Governo de não aplicar o Revalida, substituindo-o, excepcionalmente, por outros critérios de seleção, avaliação e acompanhamento. Infelizmente assistimos a um festival de preconceitos por parte de médicos e entidades contra os cubanos que envergonham o Brasil e prejudicam ainda mais a saúde do povo brasileiro.