Por: Edegar Pretto
A população brasileira conquistou importantes avanços políticos, econômicos e sociais desde a sua redemocratização e com a Constituição de 1988. Mas isso não foi suficiente para acabar com desigualdades seculares que condicionam o desenvolvimento do país. No campo dos direitos ainda temos um longo caminho para percorrer, em especial no tema que trata das desigualdades entre homens e mulheres.
As mulheres têm salários de até 50% menores ao dos homens. A maioria delas vive com um salário mínimo e chegam a trabalhar 300 horas a mais que os homens por ano. E ainda têm o acúmulo da responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos, o que eleva para uma tripla jornada de trabalho e menos tempo para a carreira.
Somos uma nação extremamente desigual, em todas as áreas. Esta pauta, portanto, exige de governantes, legisladores, opinião pública e sociedade em geral um constante trabalho e ações que permitam alterar este cenário. A partir desta perspectiva, o Legislativo Gaúcho traz o tema da igualdade como uma das causas prioritárias neste ano de 2017.
A Assembleia Legislativa é a primeira signatária no Brasil do Movimento Mundial ElesPorElas da ONU, que realiza ações pela igualdade. Isso redobra nossos esforços em torno desta causa que é de todas as gaúchas e gaúchos.
Com esse olhar, aproveitamos o mês de Março, mundialmente conhecido pelo mês de luta das mulheres por direitos, para promover no legislativo uma extensa programação em torno da igualdade e o fim da violência de gênero. Teremos debates com especialistas nacionais e internacionais; exposição fotográfica produzida exclusivamente por mulheres; saraus temáticos sobre gênero; a premiação do Mulher Cidadã, além de uma ação de comunicação em nível estadual sobre o tema da igualdade, com destaque para a denúncia à violência contra as mulheres nos campos sociais, políticos e econômicos. Temos o dever de falar sobre esses direitos.