Por: Paparico Bacchi
Deputado estadual pela Assembleia do Rio Grande do Sul e historiador
O ano de 2020 demonstra estar perdido aos olhos daqueles que conseguem enxergar apenas os efeitos negativos provocados pelo novo coronavírus. Hospitais lotados, alunos sem escola, lojas fechadas no comércio, prestadores de serviços sem trabalho, desemprego levando 26,5% dos brasileiros à extrema pobreza e milhares de mortes atribuídas à Covid-19.
Passaram-se 180 dias desde que os decretos de calamidade pública foram instituídos pela União, estados e municípios. Os desejos de paz, saúde e riqueza que sempre marcaram a confraternização universal na virada de ano, foram substituídos pela angústia e incertezas.
Resta pouco para a chegada de 2021. As circunstâncias econômicas derrubam projeções de crescimento dos setores produtivos. Na saúde é grande a expectativa sobre a comprovação da eficácia das vacinas desenvolvidas pela comunidade científica. Todos os dias, pobres e ricos têm esperança em dias melhores!
“Tempos difíceis geram homens fortes.” Acredito que a sinopse do pensamento oriental, difundido por muitos, serve de balizador para o “novo normal” que surge, inclusive para as mulheres, fortalezas revolucionárias da história. Otimistas acreditam nas oportunidades criadas em cenários de crise.
Boas notícias têm protagonistas de práticas positivas e sinalizam para a retomada responsável. Cientistas desenvolvem vacinas; professores implantam novas metodologias de ensino; estudantes descobrem novas formas de aprendizado; empresários criam novos negócios; trabalhadores qualificam a mão de obra; agricultores incrementam técnicas para produzir alimentos saudáveis; a construção civil avança em todas as cidades, o núcleo familiar e as pessoas aprendem a viver com menos.
No poder público, nunca foi tão necessário rever os métodos de gestão e trabalho. Na política, tempos difíceis também fazem homens e mulheres fortes.