ALECE: Setembro Amarelo reforça a importância da escuta e do fortalecimento de redes de apoio

Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) destaca o papel da escuta, da percepção sobre comportamentos e onde buscar ajuda

O Setembro Amarelo é a maior campanha antiestigma do mundo e evidencia a importância de uma rede de apoio à saúde mental que integre família, amigos e órgãos públicos, assim como falar sobre o tema que ainda é visto por muitos como um tabu.

Nesta primeira de uma série de matérias sobre o tema, a Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) destaca o papel da escuta, da percepção sobre comportamentos e onde buscar ajuda. Participam do especial os repórteres Gleydson Silva e Giovanna Munhoz e os editores Lusiana Freire e Vandecy Dourado. A Alece se une a essa campanha em prol da valorização da vida, dando as mãos a quem precisa e reafirmando o lema: “você não está só”.

Neste ano, a Alece vai realizar eventos voltados para a promoção da saúde mental e prevenção do adoecimento psíquico, blitze interventivas nos setores da Casa, além de encontros semanais nas rodas sistêmicas voltadas para temática da prevenção e pósvenção do suicídio e oficinas para os estudantes do Alcance Enem, por meio do braço socioemocional do programa.

A propósito, a Alece tem se empenhado continuamente na promoção da saúde mental por meio do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) e do Comitê de Responsabilidade Social (CRS). Como parte desse esforço, o plantão psicológico da Célula de Psicologia do DSAS está em operação, oferecendo atendimento tanto ao público interno quanto à comunidade do entorno. O plantão funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h20 e das 13h às 16h20. Aqueles que necessitam de apoio podem entrar em contato pelo telefone (85) 3277-3781.

Iniciativas como a campanha Setembro Amarelo, na avaliação da psicóloga da Célula de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas do Comitê de Responsabilidade Social (CRS) da Alece, Nara Guimarães, são extremamente pertinentes, já que sinalizam e conscientizam sobre a importância da prevenção do suicídio, ao mesmo tempo que alertam e desmistificam o tema.

“Durante o mês, um tema antes tão tabu se torna visto, falado, divulgado e debatido. Sai da exclusão para inclusão, onde é possibilitado que mais pessoas tenham conhecimento sobre causas, prevenção e pósvenção, bem como onde e quando buscar ajuda”, pontuou.

ESCUTA

Identificar pessoas mais suscetíveis ou que estejam em situação de maior vulnerabilidade emocional; saber escutar, mas sem julgamentos; demonstrar empatia e, principalmente, auxiliar o acesso dessas pessoas a um psicólogo, médico psiquiatra ou outros profissionais, são ações imprescindíveis. Por isso, atuar ativamente na conscientização de que a vida sempre será a melhor escolha é um papel de todos. Para isso, estar bem informado é essencial.

O suicídio está associado a distintos fatores de risco, como socioculturais, genéticos, filosófico-existenciais e ambientais. Outro principal fator é a existência de um transtorno mental, como a depressão, transtorno de humor bipolar, dependência de álcool e drogas psicoativas.

De acordo com a psicóloga da Alece, Nara Guimarães, a ideação ou tentativa de suicídio têm causas multifatoriais e alguns sinais de alerta podem ser identificados. “A falta constante de ânimo ou motivação para a vida até em atividades corriqueiras; desleixo ou falta de autocuidado com a aparência em si; relatos de sensação de vazio e falta de perspectiva de futuro; apatia e cansaço intensos; disfunção alimentar por excesso ou falta de apetite; alterações severas de humor sem motivos, gerando maior irritabilidade ou impaciência; insônias ou excesso anormal do sono; queda da libido e a necessidade de isolamento constante”, assinalou.

A pessoa em sofrimento psíquico precisa, conforme Nara Guimarães, saber que existem ferramentas para o alívio de seus sintomas e melhor ajustamento das emoções e sentimentos frente aos desafios da vida. “É importante buscar ajuda qualificada e, quando o cidadão estiver impossibilitado, que a família ou rede de apoio se engaje neste cuidado da saúde mental”, explicou.

ONDE BUSCAR AJUDA

  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde). Aqui estão os endereços dos Centros de Atenção Psicossocial do Ceará, divulgados pelo Vidas Preservadas, do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE); 
  • Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24h, Samu 192, prontos-socorros e hospitais;
  • Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita, 24 horas, todos os dias). O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat.
  • Ambulatório de Transtornos de Atenção e Impulsividade (ATAI), no Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, no bairro Messejana, em Fortaleza. O serviço foi criado por médicos da Residência em Psiquiatria do Hospital de Messejana e é destinado a pessoas com idade a partir de 16 anos. Mais informações, ligue para o número (85) 98888-8200.

Fonte: ALECE

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