Por Carlos A. Nobre
(Pesquisador do Instituto de Estudos Climáticos-IES/USP e copresidente do painel científico para a Amazônia-SPA).
O aquecimento global, impulsionado principalmente por atividades humanas, apresenta sérias consequências, evidenciadas por recordes de temperatura e eventos climáticos extremos, notadamente no Brasil. Esses fenômenos são agravados por fatores meteorológicos como a Zona de Convergência do Atlântico Sul, domos de calor, El Niño e aumento da temperatura dos oceanos.
O Brasil enfrenta impactos significativos, desde ondas de calor até enchentes e secas mais intensas. Projeções futuras indicam a persistência desse cenário, com o agravamento do aquecimento global. As raízes antropogênicas dessas mudanças climáticas são evidentes, com as emissões de gases de efeito estufa provenientes de atividades humanas, como queima de combustíveis fósseis e desmatamento.
A luta contra o aquecimento global demanda ações globais coordenadas, incluindo a transição para fontes de energia renovável e práticas agrícolas sustentáveis. A compreensão dos aspectos físicos do problema é essencial para enfrentar esse desafio complexo e mitigar seus impactos devastadores.