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Por Franciane Bayer

Deputada estadual do RS

Com o retorno às aulas presenciais é visível a felicidade das crianças e adolescentes, em especial após um ano sem contato com os colegas por conta da pandemia. Apesar de ser um momento de alegria para a maioria, infelizmente uma parcela significativa dos estudantes não compartilha deste sentimento e sofre. Estamos falando das vítimas de bullying, uma prática intencional e recorrente de ameaçar, agredir ou intimidar uma pessoa indefesa. As consequências para a vítima são inúmeras e imprevisíveis, muitas vezes acarretando danos físicos e psicológicos e, em situações extremas, levando a pessoa a tirar a própria vida.

O bullying, assim como cyberbullying – quando o bullying acontece também nas redes sociais e aplicativos de conversa -, nem sempre chega ao conhecimento dos pais e educadores em tempo de não deixar sequelas na saúde emocional das crianças e adolescentes. No entanto, é possível identificar sinais de que algo não vai bem como, por exemplo, a falta de interesse, isolamento, queda no rendimento e baixa autoestima.

Como presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio apresentei um Projeto de Lei, em tramitação na Assembleia Legislativa, que pretende implantar um programa de combate ao bullying nas escolas públicas e privadas ao instituir a Semana Estadual de Conscientização, Prevenção e Combate ao Bullying, a ser realizada anualmente na segunda semana do mês de abril. A intenção é proporcionar um ambiente escolar mais seguro, instruindo os professores, pais e alunos para identificar a prática, orientar as vítimas e os agressores.

O combate ao bullying e ao ciberbullying requer o envolvimento e atenção de todos no processo de construção da cultura de paz e de respeito nas escolas. Bullying não é apenas uma brincadeira. Escuto muito o discurso que “antigamente todos conviviam com críticas e brincadeiras de forma natural”. Se causa sofrimento, não é natural. As pessoas são únicas e reagem de maneiras diferentes aos problemas. O bullying é um assunto sério e precisa ser levado a sério para que não leve a vida das nossas crianças e adolescentes.

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