Violência nas escolas é tema de mesa redonda na 26ª Conferência Unale

Os tristes episódios de violência nas escolas demandam discussões por parte do poder público. Para evidenciar que as assembleias legislativas do Brasil estão atentas a essa questão, a 26ª Conferência Unale, realizada em Fortaleza (CE), abordou, na tarde desta quinta-feira (9/11), o painel “Políticas de Segurança nas Escolas”.

Foram convidados para proferir palestras sobre o tema o coordenador-geral de Políticas Educacionais para a Juventude da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidades e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação, Yann Evanovick Leitão Furtado, e a pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), Telma Vinha.

Furtado destacou as medidas adotadas pela pasta para combater a violência no ambiente escolar, como a criação de grupos de trabalho para discussão do tema e o reforço do diálogo com secretarias municipais e estaduais de educação, além do financiamento governamental para a segurança nas escolas. “É necessário que haja uma ação preventiva, que perpasse por uma escola que resgate uma perspectiva de pertencimento de alunos, pais, professores e da comunidade, para que a escola seja um território de paz”, definiu.

Vinha apresentou aos participantes da conferência alguns dados sobre violência nas escolas, provenientes de pesquisas sobre ataques ocorridos no Brasil, traçando o perfil dos autores. Comparando com o que ocorreu nos Estados Unidos, indicados pela pesquisadora como mais avançados em relação a pesquisas sobre o tema, concluiu que apenas o aumento de vigilância e policiamento não é suficiente. “Recomendamos a aprovação de projetos de lei que visem a uma maior regulação e responsabilização das plataformas digitais, bem como a responsabilização daqueles que divulgam pela primeira vez vídeos dos ataques e dos depoimentos, e a promoção de uma política pública de promoção da convivência democrática e cidadã”, afirmou.

Por Filipe Dutra

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