Entidade se inteira sobre agenda de acordo comercial com países asiáticos
A Unale, entidade legislativa que congrega todo o Parlamento estadual nas diversificadas agendas de relevância para o desenvolvimento nacional, foi representada nesta segunda-feira, 13, pelo vice-presidente da região nordeste da entidade, deputado Diogo Moraes (PE), que esteve acompanhado por equipe técnica, na Secretaria de Comércio Exterior, em Brasília.
Diogo Moraes foi recebido pelo Secretário, Lucas Ferraz e pelo subsecretário de Negociações Internacionais, Alexandre Lobo, para tratar sobre a agenda de acordo comercial relacionado à indústria têxtil e de vestuário do Brasil com países asiáticos, como Vietnã e Indonésia, que pode vir a impactar todo o segmento nas regiões de produção e comércio.
Considerando-se o aspecto macroenocômico, a Unale tem buscado visualizar as oportunidades e antecipar debates que podem refletir, direta e indiretamente, nos setores da economia brasileira. O objetivo é buscar disseminar informações de modernização dos eixos comerciais de produção e exportação, para que os mesmos possam estar aptos para um mercado mais competitivo, impactando assim milhares de empregos.
Após receber demandas de diversas regiões brasileiras que possam vir a ser afetadas pelo acordo, a Unale, através da paradiplomacia exercida pela entidade, certificou-se sobre questões do andamento do acordo supracitado como: quando será a assinatura, forma de efetivação, projeções no que se refere ao pequeno e microempreendedor do ramo e previsão de incentivos e benefícios protetivos de modo a enfrentar a concorrência do setor.
Lucas Ferraz explanou que o Brasil deve seguir uma aldeia global de valores e mudar a realidade da economia integrada, readequando-se ao novo cenário comercial de exportação de produtos. “Quando o Brasil exporta um produto, apenas cerca de 15% deste produto é colocado no mercado dos países de destino como tarifa preferencial, ou seja, mais baixa, isso porque são poucos os acordos de comércio que o país tem. Como parâmetro, quando se olha para os países que possuem muitos acordos comerciais, eles têm uma média de 60 a 70% de tarifa preferencial. Com isso, a competição internacional, de fato, neste modelo antigo de produção, um modelo pouco integrado, fica dificultada para o Brasil”.
Ao afirmar que esta é uma agenda pró-indústria, o Secretário destacou que o país precisa aumentar a sua integração internacional e sair de um modelo amarrado de produção, onde o produto é 100% nacional, para um modelo moderno e integrativo.
Para Diogo Moraes, “é importante avançar no processo de interlocução do comércio nacional com outros países papel fundamental no segmento, mas ao mesmo tempo é preciso despender especial atenção e traçar incentivos governamentais para os pequenos e microempreendedores que movimentam a economia com os produtos 100% produzidos no Brasil”.
Em termos gerais, o acordo é benéfico para o comércio do país, mas necessita ser tratado com cautela para que não venha causar os mais variados impactos negativos para as produções da indústria têxtil e de vestuário regionais, que têm a sua economia movimentada em torno deste cenário.
Camila Ferreira/Ascom Unale