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Na última semana, o site intercept divulgou imagens da audiência onde a modelo e influencer Mariana Ferrer, de 23 anos, foi humilhada pelo advogado Cláudio Gastão, durante uma sessão remota. O caso gerou comoção mundial e diversos parlamentares em todos os estados do Brasil manifestaram seus posicionamentos contrários ao abuso sofrido por Mariana.

A Unale, representante de todo o poder legislativo estadual brasileiro, repudia a forma com que o advogado do acusado se referiu à vítima, uma vez que dentre as bandeiras da entidade, está o combate à toda e qualquer forma de violência contra mulher.

O repúdio também se aplica à falta de posicionamento do juiz e do promotor do caso, que consentiram, permitindo às graves acusações e exposição da vítima.

A justiça considerou o crime como “estupro culposo”, o que acabou inocentando o acusado e gerando grande comoção.

Diversos parlamentares de todo o país se manifestaram em defesa de Mariana e exigindo justiça diante da violência sofrida pela jovem.

A presidente da Secretaria da Mulher da Unale, Janete de Sá, se manifestou em suas redes sociais: “É nojento saber que inventaram uma sentença para acobertar um homem de um crime tão absurdo e asqueroso. Indignação é o sentimento de todos nós hoje.”

A deputada estadual, Alessandra Campêlo destacou que o que ocorreu com Mariana é o retrato da situação de muitas mulheres no Brasil e no mundo, que por medo de serem julgadas e desacreditadas, optam por não denunciar esses crimes e ainda complementou: “A mulher sofre violência duas vezes; uma quando é agredida e outra quando é humilhada e culpabilizada pelo crime. Sempre procuram uma justificativa que jogue toda a responsabilidade na vítima: a roupa muito curta, o fato de estar na rua sozinha… Além da violência, a mulher muitas vezes tem que lidar com a misoginia, a cultura do estupro e a humilhação praticada por aqueles que deveriam acolher e fazer a justiça. Nenhuma mulher merece passar por isso”.

A deputada estadual, Luana Ribeiro também deixou claro seu posicionamento em suas redes: “Me gera muita revolta essa situação. É lamentável a decisão da justiça pelo crime de “estupro culposo” direcionado a influencer catarinense Mari Ferrer. Estamos em 2020, lutando incansavelmente para combater a violência contra a mulher, propondo soluções e estimulando a denúncia e somos surpreendidas por esse grande revés da Justiça”.

“Não existe estupro culposo. A violência contra a mulher no Brasil é uma triste realidade que precisa ser combatida diariamente.
Não devemos nos calar diante de um ato tão severo! Estupro é crime hediondo e possui sanções previstas em lei! Continuaremos atentos e vigilantes! Não se cale!”, afirmou a deputada estadual, Celise Laviola.

A deputada estadual, Kitty Lima também não deixou de se posicionar: “É inaceitável qualquer comportamento que atinja a honra e dignidade de qualquer pessoa. “Estupro culposo” não existe. Acredito na justiça e espero que medidas sejam tomadas contra a conduta desse advogado e que a decisão seja corrigida”.

Yago Fernandes / Ascom Unale
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