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gabriel_guerreiroA Unale, em nome de todos os deputados Estaduais, lamenta a morte do deputado Gabriel Guerreiro, que faleceu na última quinta-feira (2). O Brasil perde um dos maiores e mais profundos conhecedores da bacia e do ecossistema da Amazônia e a Unale uma de suas principais vozes no Parlamento Amazônico, parceira da Entidade.

Segundo o presidente do Parlamento Amazônico, deputado Luiz Tchê, “o Brasil, especialmente a Amazônia e de sobremaneira o Estado do Pará, o seu Estado, perdeu uma de suas grandes e altivas vozes. Não uma voz isolada e solta, mas pausada, como convém aos sábios e extremamente baseada em conhecimentos teóricos e principalmente nas práticas laboral, acadêmico-científica e de vivência de um dos mais experimentados amazônidas de nossos tempos.

O Parlamento Amazônico também perdeu o seu membro assíduo e diretor  e se solidariza com o povo paraense e com a família daquele que não poderia ter outro sobrenome a não ser Guerreiro. Nascido na modesta Oriximiná, Oeste do Pará, Gabriel Guerreiro sempre teve grande participação no cenário político do Brasil e do Pará e por isso estamos consternados e nos juntamos aos colegas parlamentares paraenses.

No momento em que concluía o seu 7º mandato parlamentar, a indesejada perda enche de tristeza todos aqueles que tiveram a honra de conviver e com ele compartilhar o vasto conhecimento que ele detinha sobre a Amazônia. Aos 72 anos, mas com alma e mente de um jovem militante, Gabriel Guerreiro era o maior expoente do seu partido no Pará e  apesar de ter sido Deputado Constituinte, ele sempre portou-se como um bom filho, que nunca abandona sua terra e sua gente, sendo orgulho de Oriximiná e de todo o Estado do Pará.

Além de parlamentar, Guerreiro emprestou seus conhecimentos em outras áreas como Secretário de Estado e Municipal de meio ambiente e Geólogo com atuação na área de desenvolvimento sustentável do Pará.

A vivência profissional foi possível graças ao profundo gosto pelo estudo, que teve por parte de Gabriel Guerreiro sui generis dedicação. Assim, formou-se em Física (UFRJ); Pós graduou-se em Física (USP); Geologia (UFRJ);  Mestrado em Geologia econômica (UFRJ) dentre outras formações.

Gabriel foi ainda professor e Coordenador do Curso de Geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), e ocupou outros cargos administrativos e técnicos em órgãos estaduais e de representação de classe profissional. Além disso, foi Professor-assistente dos Cursos de Engenharia Química e Geologia na UFRJ, Rio de Janeiro, 1970; Chefe do Laboratório de Geologia, UFPA, 1973; Coordenador do Colegiado do Curso de Geologia da UFPA, 1973-1975; Professor-assistente de Geologia Econômica na UFPA, 1973-1977; Coordenador do Projeto Integrado de Pesquisas em Geologia/geoquímica do Núcleo de Ciências Geofísicas e Geológicas da UFPA, 1974; Coordenador do Setor de Geologia do Núcleo de Ciências Geofísicas e Geológicas da UFPA; Coordenador do Setor de Geologia do Núcleo de Ciências Geofísicas e Geológicas da UFPA; Professor-adjunto de Geologia e Prospecção, UFPA, Belém, 1980-1982. Diretor da Companhia Progeo – Projetos de Geologia e Mineração Ltda. Prospecção da Amazônia, 1980. Vice-Presidente do Crea/PA/AP – Primeira Região, 1981-1982 E Diretor-Presidente da Companhia de Mineração do Pará – Paraminérios, 1991.

Sempre presente nos encontros do Parlamento Amazônico, Gabriel sempre foi o Grande Mestre de todos nós, seja como mero expectador nos encontros do Parlamento ou da UNALE, em suas corretas intervenções, ou como palestrante. Dessa forma esta Associação ressente-se por tão trágica perda, conclamando todas as lideranças políticas da Amazônia para que se espelhem e se inspirem na história daquele que foi – sem dúvida – umas das grandes referências para a sociedade Amazônia em tempos hodiernos.

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