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Em agenda propositiva, na manhã desta sexta-feira (07), a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Unale, presidida pelo deputado Luciano Pimentel (PSB-SE), realizou o webinário “As perspectivas do Turismo no Brasil Pós-Covid”. O encontro contou com a palestra do doutor em Economia e Turismo, Roberto Andrade e o apoio da presidente da entidade, deputada Ivana Bastos (PSD-BA) e presença dos demais membros da Pasta, deputados Lídio Lopes (Patri- MS), Sérgio Aguiar (PDT-CE), Vinicius Louro (PL-MA) e Aldilene Souza (PPL-AP).

“Certamente o setor de turismo foi um dos mais afetados durante a pandemia. No meu estado, este setor é responsável por grande parte da renda de diversos municípios, por isso devemos criar mecanismos para dar uma luz a este tema”, falou a presidente Ivana, em transmissão na abertura do evento.

Presidindo o webinário, o deputado Luciano Pimentel destacou a situação crítica da economia das unidades federativas, que possuem grande parte da renda vinda do turismo, como é o caso de Sergipe. “Essa apresentação de hoje está dentro do ‘novo normal’. Teremos um turista mais próximo da nossa realidade nacional, turismo regional. O desafio agora é nos adequarmos e oferecermos serviços para este novo perfil, para realmente retomar a economia, alavancada pela vacinação, principalmente num cenário onde houve redução de mais de 67% dos voos internacionais”, pontuou Pimentel.

Em sua fala, o professor da Faculdade Federal de Sergipe abordou os pontos críticos e as possibilidades para o setor no futuro próximo. “Todo o setor de serviços foi muito afetado pela pandemia e dentro dele, o turismo foi um dos mais prejudicados e talvez um dos últimos a ter uma retomada plena. Por isso, a importância de se debater a retomada dessa atividade, perdida ao longo do último ano”, explanou Roberto Andrade.

Fazendo um contraponto entre as viagens nacionais e internacionais, o doutor falou sobre a redução e os prejuízos econômicos da redução de 72% das viagens internacionais, o equivalente à comparação com dados de 30 anos atrás. “A crise afetou o turismo interno e externo. No Brasil, é como se o setor perdesse metade da sua arrecadação. Agora, a perspectiva de retorno das viagens, depende da sensação de segurança em nível global”, salientou.

Outra tendência, segundo o especialista, é que as viagens sejam mais curtas, com novos destinos e na maior parte, nacionais. Esse “novo turismo” continuará a ser um turismo de massa, com novos preços e estruturas de viagens, com roteiros regionais e um turismo de negócio mais reduzido, após a experiência do home office. E há um potencial extenso, principalmente após o medo e a vontade reprimida de viajar, da maior parte da população.

“Essas perspectivas sobre ecoturismo, turismo regional e demais pontos explanados, nos deu um norte para o futuro. Os estados realmente têm que se preparar na questão digital e estratégica de marketing para atrair os novos turistas, como pontuou nosso palestrante”, destacou a deputada amapaense, Aldilene Souza.

Já o representante do Centro-Oeste, Lídio Lopes, falou sobre o medo que ainda estará latente, “assim, mesmo após a vacinação, acredito que a rotina trará viagens mais próximas realmente, como as que se pode fazer de carro. Para evitar aglomerações nos litorais e aumentar a busca por destinos mais isolados, vamos fomentar essa procura por turismo de naturezas locais”.

Reforçando as falas anteriores, o deputado Sérgio Aguiar também falou sobre o turismo residencial. “Aqui em nosso estado, o turismo cearense faz parte de mais de 10% do nosso Produto Interno Bruto (PIB). A impossibilidade de haver aglomerações mudou o perfil das romarias, eventos religiosos populares, que passaram a ser virtuais. Temos que usar nossa ‘inventividade’ a nosso favor, para criar novos polos e fomentá-los”, disse.

Para quem não conseguiu acompanhar o evento, ele ficará salvo em nosso canal no Youtube. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=EIW5HUki_NI

Marina Nery / Ascom Unale
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