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canudo-plasticoO uso de canudos de plástico tem gerado um grande debate desde que estados brasileiros criaram leis que proíbem seu uso. Por serem feitos de polipropileno e poliestireno (plásticos), eles não são biodegradáveis e levam mais de 400 anos para se decompor no meio ambiente. Além de serem produzidos a partir de petróleo, uma fonte não renovável.

Segundo estudo realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO- USO), em parceria com o Instituto Socioambiental de Plásticos (Plastivida), 95% dos lixos das praias brasileiras são compostos por itens feitos de plástico, como: canudos, copos descartáveis, garrafas, cotonetes, embalagens de alimentos e redes de pesca.

Se cada brasileiro utilizar um canudo de plástico por dia, em um ano, serão consumidos mais de 72 bilhões de canudos. Assim como outros resíduos, todo este material acaba invadindo o mar, prejudicando o habitat natural e a saúde de diversos animais, que com muita frequência morrem por ingestão de plástico descartados por seres humanos.

 Consumo consciente

Como alternativas ao canudo de plástico, pode-se adotar os canudos de metal, bambu, silicone, papel, palha e vidro, bombas de chimarrão ou apenas o copo. Também é importante fazer o descarte correto e encontrar pontos de reciclagem ou coleta seletiva perto da casa.

O Rio de Janeiro foi o primeiro estado brasileiro a sancionar uma lei quanto ao uso de canudos, a Lei Nº 3794/2018 foi sancionada em julho de 2018. Atualmente, todos os estados já têm leis e políticas de consumo consciente de canudos, como o Maranhão, com a Lei Nº 11.014/2019, Rio Grande do Norte Lei Nº 10.439 e o Distrito Federal Lei Nº 976/2016.

A proibição pode criar um efeito contrário

A medida pode acabar gerando outras preocupações, como o uso de mais garrafas e copos descartáveis. A grande procura tem gerado falta de outros tipos de canudo, além do preço que chega a ser 20 vezes maior.

Ana Beatriz Moreira / Ascom Unale

 

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