Programa de Combate ao “bullying”

Conheça o Projeto de Lei do deputado estadual Leyry Farias (PP/AP) que institui um programa de combate ao “bullying” nas escolas públicas e privadas do estado.

 

PROJETO DE LEI Nº 0038/10-AL

Autor: Deputado Leyry Farias (PP/AP)

Ementa – Institui o Programa de Combate ao “bullying” nas escolas públicas e privadas do Estado do Amapá.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ,

Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá aprovou e eu, nos termos do art. 107 da Constituição Estadual, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° – Fica instituído o Programa de Combate ao “bullying”, nas escolas públicas e privadas do Estado do Amapá.

Parágrafo único – Considera-se ato de “bullying” a agressão intencional e repetida por meio de violência física e psicológica, de índole cruel, cunho intimidador e vexatório praticado por pessoa em detrimento ao bem-estar do indivíduo mais fraco, menor ou pouco sociável.

Art. 2° – Será evidenciada a violência física ou psicológica através dos atos que cause dor e angústia à vitima, executados em uma relação de desigual poder, entre os quais:

I – praticar qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória;

II – fazer comentários pejorativos em detrimento de outra pessoa;

III – praticar ataques físicos;

IV – fazer grafitagens depreciativas referidas/a outrem;

V – usar expressões ameaçadoras e preconceituosas;

VI – criar embaraços à utilização das dependências comuns escolares que caracterize o isolamento social

VII – praticar, induzir ou incitar, o preconceito ou a prática de qualquer conduta discriminatória que exclua o indivíduo;

VIII – assediar, induzir e abusar sexualmente;

IX – perseguir, dominar, tiranizar, chatear, manipular, agredir, ferir, quebrar pertences.

Art. 3° – A prática dos atos discriminatórios a que se refere esta lei será apurada em processo administrativo, que terá inicio mediante:

I – reclamação do ofendido ou de seu representante legal, ou ainda de qualquer pessoa que tenha ciência do ato discriminatório;

II – ato ou ofício de autoridade escolar competente.

Art. 4° – Aquele que for vítima da discriminação, seu representante legal, ou quem tenha presenciado os atos a que se refere o artigo 2° desta lei, poderá relatá-los à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Parágrafo único – Recebida â denúncia, competirá à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania:

1. promover a instauração do processo administrativo devido para apuração e imposição das sanções cabíveis;

2. transmitir notícia à autoridade policial competente, para a elucidação dos fatos, quando o descrito caracterizar infração penal.

Art. 5° – Caberá à unidade escolar, a criação de uma equipe multidisciplinar, com a participação de docentes, alunos, pais e voluntários, para a promoção de atividades informativas, de orientação, prevenção e sanção interna.

Art.6° – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 dias, contados da data de sua publicação.

Art. 7° – As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentarias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 8° – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Macapá-AP, 08 de abril de 2010.

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