Plano Nacional de Educação para os próximos 10 anos pode ser votado esse ano pelo Congresso Nacional

Proposta deveria ter sido enviada pelo Executivo em 2023, mas só foi encaminhada no ano passado

O Plano Nacional de Educação (PNE), que tem validade por 10 anos no Brasil, poderá ser votado ainda este ano pelo Congresso Nacional. Como principal desafio para a construção do plano tem-se uma taxa de analfabetismo de 7%, escolas públicas com infraestrutura precária e professores com salários defasados.

O novo plano será instituído pelo Projeto de Lei 2.614/2024, que deveria ter sido encaminhado às Casas Legislativas pelo Executivo em 2023, mas só foi enviado ao Congresso no ano passado. Para que o PNE tenha validade pelos próximos 10 anos os parlamentares precisam aprovar o texto até o final de 2025.

A proposta, no momento, tramita na Câmara dos Deputados, e depois de passar pela análise da Casa será enviada ao Senado Federal. O texto possui 18 objetivos, 58 metas e 253 estratégias. Todos eles se referem às áreas de educação infantil, alfabetização, ensinos fundamental e médio, educação integral, diversidade e inclusão, educação profissional e tecnológica, educação superior, estrutura e funcionamento da educação básico.

Os objetivos do plano passam pela consolidação da gestão democrática do ensino público; a superação do analfabetismo entre jovens e adultos; e a garantia da qualidade e equidade nas condições de oferta da educação básica.

Os pontos de ajuste e análise do plano como um todo consistem na visão sistêmica do planejamento educacional e na capacidade de diálogo entre as políticas públicas a serem executadas. Além disso, os debatedores veem como fundamental a implementação de um Sistema Nacional de Educação, capaz de alinhar políticas, programas e ações entre a União, estados, municípios e o Distrito Federal.

Como parte das metas mais abrangentes do plano estão o atingimento de 80% dos alunos alfabetizados ao final do segundo ano do ensino fundamental no 5° ano do PNE e, na sequência, o alcance de 100% de alfabetização para esses alunos ao final do décimo ano do plano. A ideia surge para combater os números alarmantes apresentados pelo Ministério da Educação, que mostram 68 milhões de pessoas com mais de 18 anos que não concluíram a educação básica e as 9,5 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que são analfabetas no país.

Com relação ao investimento, o plano prevê a aplicação do investimento público em educação para 7% do PIB até o sexto ano de vigência do novo PNE. Ao final dos 10 anos do plano, a meta prevê ampliação para 10% do PIB brasileiro.

Cenário atual

O PNE atual foi instituído por meio da Lei 13.005, de 2014. O texto previa que o Poder Executivo deveria ter enviado ao Congresso Nacional um novo projeto para o plano até junho de 2023.

Como não houve o envio, a senadora Professora Dorinha (TO) apresentou um projeto de lei para prorrogar o plano atual até 2025. A matéria foi aprovada e se transformou em Lei (14.934/2024).

A proposta do novo PNE foi elaborada pelo Ministério da Educação e enviada pelo Executivo ao Legislativo em junho de 2024.

Com informações da Agência Câmara de Notícias*
Por Gabriel Spies/Ascom Unale

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