Planejar para uma gestão democrática

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Patrício deputado distrital pelo PT

Há poucos dias tive o prazer de acompanhar a sessão solene em homenagem ao Dia do Administrador, à qual estavam vários especialistas e profissionais da área. Sempre prezei que os atos públicos fossem pautados por uma gestão ética e transparente, e nessa solenidade não pude deixar de ressaltar o importante papel da administração para a gestão não só de empresas ou escritórios, mas também na gerencia política de uma casa de leis como o Poder Legislativo.

Lembro que na ocasião, ressaltei ser preciso que tenhamos serenidade e sabedoria em tudo o que fazemos, mas quando assumimos a carreira pública é preciso saber administrar politicamente, sobretudo a vaidade ideológico-partidária. É preciso, além de muita sabedoria, fazer aquilo que o administrador faz, que é pensar na eficiência e na eficácia, naquilo que se tem planejado e na meta traçada. É preciso ter atitude na decisão que tem que ser tomada, quebrar paradigmas e planejar.

Pensando nisso, criamos o COPEI (Comitê de Planejamento Estratégico Institucional), responsável por pensar a Câmara Legislativa para os próximos 10 anos. Tudo que se vê na Câmara hoje foi planejado pelo COPEI. Independentemente do partido político ao qual o gestor público pertença, é preciso pensar como administrador e evitar as vaidades, para que possamos pensar Brasília não só pelos próximos 10 anos, mas, como já propõe o Governo do Distrito Federal 50 anos, porque é preciso pensar que a sociedade como um todo depende da decisão tomada pelo gestor.

Nós fomos a Cingapura, um país menor que o estado do Rio de janeiro e que  quase não possui recursos naturais. Essa viagem para Cingapura nos ensinou uma coisa: não há limites para o conhecimento. Com a falta de recursos naturais, o país com maior renda per capita é um polo de desenvolvimento na Ásia e atrai trabalhadores de vários países. Seus habitantes recebem cinco vezes mais que qualquer trabalhador do sudeste asiático, isso porque investiram pesado em educação.

Esse é um exemplo que deve ser seguido, para que possamos dar condições aos nossos jovens e a Câmara Legislativa deve apoiar  iniciativas como essa. A escola é a mais importante instituição, responsável por formar o futuro do nosso país. Cada um tem hoje nas mãos a responsabilidade de gerenciar a escola.

É preciso focar no cumprimento de metas, avaliar e reformular as políticas públicas para redução das desigualdades sociais. E também estar afinado com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), da Organização das Nações Unidas (ONU). Essas ações já estão sendo tomadas na esfera do Executivo e nós , do Legislativo, temos papel importante nesse processo.

Por esses motivos, com a visão de representante do Poder Legislativo, tenho a certeza de que todos nós parlamentares, representantes do povo, vamos acompanhar, sugerir e propor ações junto ao governo e em benefício da sociedade, independentemente de bandeira política. Vamos, juntos, pensar Brasília para os próximos 50 anos.

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