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Os representantes das empresas Oi e da Vivo afirmaram, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Alesc), que a legislação para a instalação de antenas, considerada antiga e excessivamente restritiva, impede a melhoria na qualidade do sinal de celular em todo o Estado. A reunião contou com a presença do diretor de Relações Institucionais da Vivo, Enylson Flavio Martinez Camolesi, e do diretor de Relações Institucionais com Estados e Municípios da Oi, Gonzalo Charlier Pereira. Durante quase três horas, eles expuseram dados sobre a atuação das duas empresas em Santa Catarina e os planos de investimentos de ambas para o Estado.

De acordo com o representante da Vivo, a empresa atua em 191 cidades catarinenses, atingindo 94% da população, com 2 milhões de clientes. Para este ano, a previsão é investir no estado R$ 27 milhões apenas na rede de transmissão. Até o fim de 2013, a Vivo espera ampliar a capacidade de transmissão de 121 antenas existentes no estado, além de instalar outras 15 novas antenas.

“Há uma dificuldade de realizar os investimentos nessa área. Temos legislação de 2001, 2002, que não acompanhou o avanço da tecnologia. E não há como melhorar o sinal sem novas antenas”, explicou Camolesi.  A instalação da rede 4G no estado, que será iniciada por Florianópolis e Joinville, já a partir de setembro, segundo o diretor da Vivo, vai desafogar a rede 3G e melhorar a qualidade do sinal.

Já a Oi, na área de telefonia móvel, atua em 183 cidades catarinenses com a rede 2G e em 55 municípios com o 3G, atendendo 1,2 milhões de clientes. Os investimentos para 2013, que englobam também telefonia fixa, internet banda larga e TV por assinatura, chegam a R$ 146 milhões para Santa Catarina.

O representante da companhia também atribui à legislação as dificuldades para a instalação de novas antenas. Segundo ele, há pedidos de licenciamento ambiental parados nos órgãos competentes desde 2009. “Há uma sobreposição de regras, que ficaram velhas e são intermináveis. Não há como atender todos os requisitos exigidos para a concessão de uma licença ambiental no curto prazo”, disse Pereira, que citou como exemplo o caso de Blumenau, onde uma ação civil pública, baseada na legislação municipal sobre telefonia celular, proíbe a instalação de novas antenas.

Os diretores garantiram que as companhias vão providenciar a cobertura mínima exigida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e que eventuais áreas de sombra (pontos na área urbana onde não há cobertura de sinal) podem ocorrer devido a fatores geográficos e urbanísticos. “Não há, por exemplo, como garantir a cobertura de sinal dentro de um prédio”, explicou o representante da Oi.

Sobre o atendimento, Oi e Vivo afirmaram que, além dos call centers, oferecerem atendimento presencial, seja por meio de lojas próprias, franquias ou pontos de venda. A Oi colocou um ponto de atendimento no Procon de Florianópolis, com 99% de resolutividade dos problemas, segundo seu representante. Já a Vivo informou que registra uma média de 0,28 reclamação por mês para cada 1 mil clientes. “É um número baixo, se levarmos em consideração o grande número de usuários”, justifica o diretor da companhia.

Além do presidente da CPI, deputado Silvio Dreveck (PP), participaram da reunião o relator, deputado Moacir Sopelsa (PMDB), a vice-relatora, deputada Ana Paula Lima (PT), e os parlamentares Maurício Eskudlark (PSD) e Edison Andrino (PMDB). “A impressão que temos é que estamos buscando um sistema perfeito de telefonia, mas ele não existe”, resumiu Eskudlark.

Fonte: Agência ALESC

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