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Encontro defendeu o uso de dispositivos tecnológicos como ferramentas que se somam, mas não substitui, a atuação do taquígrafo no registro das políticas legislativas e judiciárias

A reflexão sobre os caminhos futuros da taquigrafia a partir da revolução tecnológica foi o mote da edição 2022 do Encontro Nacional de Taquigrafia Parlamentar e Judiciária, evento que aconteceu nesta quarta-feira (09) durante a abertura da Conferência da Unale.  O evento, promovido pela União Nacional dos Taquígrafos (Unataq), reuniu servidores da Taquigrafia de vários órgãos do Legislativo e do Judiciário em torno de uma programação composta por palestras, oficinas e premiações, além da entrega de brindes.

A primeira palestra do dia, ministrada pela mestra em Educação e professora de Língua Portuguesa da Fafire, Ana Paula Lourenço Sá, discutiu a importância da pontuação e das marcações do discurso. A segunda, comandada pelas taquigráfas Jacqueline Santana (TCE/BA), Maria das Graças de Paiva (TJ/PE) e Simone Aquino (TRE/ES), abordou a importância do registro taquigráfico nos tribunais. A última palestra, guiada pelas mestras Ana Cristina e Surama Luna, trouxe como mote a tecnologia como instrumento de mudança das pessoas e do trabalho.

Para a presidente da Unataq, Marilanja Pereira, apesar do surgimento de novas tecnologias, antigas técnicas usadas para registrar as falas dos integrantes dos Poderes, como é o caso da taquigrafia, ainda se mantêm com a mesma relevância. ”Há um pensamento distorcido sobre a importância da atuação do profissional do taquígrafo após o surgimento da tecnologia. Mas é essencial ressaltarmos que os recursos tecnológicos se somam ao trabalho desse profissional, mas não os substitui, já que a presença do taquígrafo no registro dos discursos permite algo que a máquina não consegue fazer: as marcações fiéis de conotações e pontuações do orador”, destacou a gestora.

A 22º edição do Encontro também foi palco da tradicional entrega do prêmio Carlos Benedicto de Mérito Taquigráfico, que reconheceu e homenageou, de forma póstuma, o trabalho da taquigráfa da Assembleia Legislativa de Rondônia, Rosângela Almeida de Oliveira, que faleceu há dois meses. “A professora Rosângela Almeida foi uma guerreira destemida. Se dedicou à Assembleia de Rondônia e à taquigrafia brasileira com muita responsabilidade. Se tornou professora de taquigrafia na Escola do Legislativo, formando novos profissionais e ressaltando sempre a importância da taquigrafia dentro do parlamento. Com bom humor e sabedoria, ela cativou todos que viviam ao seu redor. Em nome da família e dos servidores da taquigrafia de Rondônia, agradeço esta homenagem”, ressaltou a chefe da Divisão Geral de Taquigrafia de Rondônia, Carine Isabel.

 Por Mariana Clarissa

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