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perfil_chicoChico Vigilante é deputado distrital pelo PT

É uma vergonha! Independentemente da legislação existente, dos organismos de defesa do consumidor, das delegacias de defesa do consumidor, do Tribunal de Pequenas Causas, do crescimento do número de Ouvidorias em órgãos públicos e privados, o consumidor brasileiro no dia a dia continua sendo abertamente desrespeitado.

Empresas, instituições privadas e públicas trabalham com pessoal despreparado para as funções que ocupam e nada fazem para mudar, pois acreditam na impunidade. Elas preferem pagar as multas que porventura ocorram a realizar mudanças nos seus processos de atendimento.

Eleito presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa, recentemente, ouço relatos de muitas pessoas, a título de informação, sobre as mais variadas dificuldades vividas no dia a dia como consumidoras e as situações surrealistas com as quais se deparam na tentativa de solucioná-las.

Um dos relatos mais absurdos que ouvi foi de uma correntista do Banco do Brasil há 30 anos. Um funcionário de sua agência ligou para sua casa e lhe informou que sua conta, qualificada de Estilo, a partir dali seria transferida para outra agência mais distante de sua casa.  Essa era uma decisão da direção do banco e de nada adiantaria registrar o fato de que a cliente se opunha à mudança.

A conta foi transferida e o BB lhe informou por meio de carta que seria responsabilidade do banco dar ciência da mudança a instituições que depositassem proventos nas contas transferidas e que as transações feitas por internet deveriam manter as mesmas senhas anteriores bastando substituir o número da agência antiga para o da nova.
Durante dias a correntista tentou em vão falar por telefone com o banco. O gerente da agência original mandava para o da agência nova e vice versa. No dia previsto para o depósito do salário, o dinheiro não apareceu no extrato e ela só conseguia acessar a conta da agência antiga e não a da nova.

Reclamações contra empresas de telefonia e tevês pagas no país já não causam mais espanto. No imenso mercado brasileiro os grupos de Telecom se digladiam para abocanhar as fatias do bolo, mas os serviços prestados estão cada vez piores. Não podemos, no entanto, perder a capacidade de nos indignar.

Dezenas de pessoas me relatam que pagam entre cinco e 15 reais por mês porque não conseguem cancelar serviços que não usam mais, como provedores de internet, a taxa por um segundo número constante de um plano que nunca usufruíram.  Imaginem milhões de brasileiros pagando por serviços que não necessitam mais e não deixam de pagar para não ter seus nomes negativados nos serviços de proteção ao crédito por conta dos maus prestadores de serviços que se negam a cancelar contratos.

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