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roberio_negreiros_artigoRobério Negreiros é deputado distrital e vice-líder do PMDB

Tenho a impressão que o Poder Legislativo local está em xeque-mate. Todas as mexidas feitas nos últimos tempos, me parece, tiveram a intenção de eliminar vozes destoantes. Não se trata do discurso reducionista que divide o nosso Parlamento entre situação e oposição. Pelo menos não é essa a minha visão. Para mim, o norte da minha vida pública é a minha consciência, o espírito democrático e republicano e o compromisso com o povo.

Então, retomando o pensamento, não acredito em paz sem voz. O debate é o melhor instrumento de promoção da democracia e deve ser valorizado por todos os cidadãos e é uma obrigação de quem tem o poder de decisão. O deputado doutrinado a dizer apenas amém não presta um serviço justo e eficiente à coletividade e à comunidade que representa. Este se posiciona como mero ventríloquo, manipulado pelas mãos dos benefícios pessoais.

Não sou contra e nem a favor de nenhum matiz político. Sou a favor do povo. É para cuidar dos interesses da comunidade que foi eleito democraticamente como representante do povo. Eu e os demais 23 deputados distritais que dividem comigo a responsabilidade de fiscalizar ou apoiar o Poder Executivo. Fiscalizar para evitar os desmandos próprios da sedução do poder. E apoio para ajudar o governo a atender às justas demandas do povo, quando esta for a intenção.

É nesse pêndulo que me coloco. Minha lealdade é ao povo. E é para o povo que dedico meu mandato, com propostas factíveis, capazes de produzir eficácia imediata e plena para os cidadãos. Foi assim, por exemplo, com o projeto de lei que reduz em 35% a cobrança da taxa de esgoto e que, em uma conta matemática rápida, representará uma economia de cerca de R$ 180 milhões anuais. Dinheiro que ficará no bolso do contribuinte, pois a redução virá no valor final da conta da Caesb.

Muitos outros companheiros têm adotado postura semelhante e, por isso, têm sofrido reveses. Ataques virtuais de perfis fakes. Notas maldosas em jornais. Ameaças de dossiês. A lista é tão extensa quanto a necessidade de melhorias das estruturas do Distrito Federal. É do tamanho, imagino, da lista de reclamações sobre a precariedade do transporte público, dos hospitais e postos de saúde e das escolas. Não sou do tipo que trai a própria consciência por uma paz social artificial. Sou, antes de tudo, cidadão, nascido no Distrito Federal e cônscio do meu dever com a sociedade.

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