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Por Telma Vinha

(Doutora em Educação, professora da Unicamp e integrante do Comitê Técnico do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional).

As percepções dos profissionais das instituições educativas sobre o aumento dos conflitos e das violências vão ao encontro de pesquisas nessa área. Algum desses estudos também apontam que a maioria das escolas utiliza com frequência de estratégias semelhantes para lidarem com distintos problemas de convivência (incivilidade, indisciplina, bullying etc.), tendo pouco êxito, o que gera desanimo nos educadores e a busca por alternativas mais punitivas e pontuais.

Somado a isso tivemos no Brasil o forte crescimento de ataques de violência extrema em escolas gerando temor, ansiedade e insegurança.  Identificamos 35 ataques cometidos por estudantes e ex-estudantes ocorridos em 22 anos, sendo que 20 aconteceram entre fevereiro de 2022 a outubro de 2023 (57,14%), com 100 feridos e 39 vítimas fatais.

Esse fenômeno difere de outras violências escolares, tendo particularidades específicas. É importante conhecer as diferenças entre os distintos problemas de convivência na escola, incluindo a violência extrema e pesquisas que contribuem para compreender as características e incidências.

Além disso, são necessárias ações coordenadas para enfrentamento e prevenção, assim como políticas públicas consistentes que promovam uma convivência cada vez mais cidadã e democrática nas escolas e em redes.

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