O deputado estadual Miki Breier (PSB) anunciou na tarde desta terça-feira (4), que irá acionar o Ministério Público (MP) para barrar a tentativa da Fifa em liberar o consumo de álcool nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014. Ele também informou que irá procurar o presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT), para discutir o tema.
O deputado estadual Miki Breier (PSB) anunciou na tarde desta terça-feira, dia 4, que irá acionar o Ministério Público (MP) para barrar a tentativa da Fifa em liberar o consumo de álcool nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014. Ele também informou que irá procurar o presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT), para discutir o tema.
“Os legislativos do Brasil precisam se posicionar. Não vamos prejudicar o evento, mas devemos fazer este questionamento. Também levaremos esta consulta ao MP, que nos apoiou quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estendeu a proibição, em 2008, para as partidas do Campeonato Brasileiro”, afirmou.
Miki Breier é autor da Lei 12.916 que vigora desde abril de 2008 proibindo a comercialização de bebidas alcoólicas no Rio Grande do Sul. “É fundamental para uma Copa do Mundo ter ou não bebida alcoólica? Queremos que a legislação seja respeitada, pois trouxe resultados positivos na diminuição da violência”, aponta.
Porto Alegre é uma das cinco sedes da Copa no Brasil que têm leis vetando o comércio de álcool em partidas de futebol. Segundo dados da Brigada Militar (BM), em três anos e meio da vigência da proibição, são percebidos resultados positivos.
De 14 diferentes tipos de crimes registrados nos estádios do Grêmio e do Internacional, 10 tiveram redução, sendo que os casos envolvendo danos e embriaguês foram reduzidos em quase 70% das ocorrências. “Este é um fator indiscutível para que a lei continue em vigência”, argumenta o parlamentar.
Pelos termos da Lei Geral da Copa, ainda em discussão, a Fifa terá exclusividade na venda de produtos dentro dos estádios. “Não aceitamos que uma federação internacional, por conta de um patrocínio, venha nos dizer quais leis podem ou não funcionar em nosso Estado”, protesta Miki Breier.