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frederico_nascimentoFrederico Nascimento é deputado estadual pelo PTN em Goiás

Goiás não é apenas um Estado expressivo economicamente, ocupando o 9º lugar no ranking nacional, mas também detentor de belas riquezas naturais, como é o caso de seus recursos hídricos, formadores de importantes bacias do território nacional. Os rios Araguaia, Tocantins e Paranaíba são exemplos vivos da relevância desta região no cenário hidrográfico brasileiro. Aliado a essas belezas naturais e ao potencial energético, os grandes cursos d’água goianos são detentores de uma vasta fauna e flora aquáticas, as quais ampliam muito as possibilidades turísticas e de lazer nesta região.

A preocupação com o meio ambiente é uma realidade presente na sociedade contemporânea. Hoje, a educação ambiental ocupa boa parte das nossas discussões escolares. Portanto, os goianos não fogem a responsabilidade de buscar sempre as boas práticas de defesa e de preservação da natureza. Ao mesmo tempo, percebe-se que o poder público tem procurado exercer com competência e responsabilidade as suas funções de regular e de fiscalizar as relações da população com o meio em que vive. Infelizmente, embora muitos avanços tenham acontecido, existem aqueles que insistem em agredir a natureza de diversas maneiras, através, por exemplo, de desmatamentos desordenados, de queimadas e até mesmo da pesca predatória.

Já faz parte da cultura dos goianos, as reuniões para pescarias de finais de semanas e feriados, as caravanas organizadas para se aproveitar as belezas das praias do Araguaia e do Tocantins, dentre outras atividades de lazer e de entretenimento que reforçam as excelentes relações dos mesmos com a natureza, através de seus diversos rios e outros cursos d’água. Contudo, algumas pessoas persistem em práticas danosas que prejudicam a preservação da fauna e da flora dos rios de Goiás.

Preocupado então com os esses excessos cometidos por algumas pessoas em seus momentos de pescas nos rios goianos, amante da natureza e defensor do meio ambiente, apresentei na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, sendo aprovado e, posteriormente, sancionado pelo governador do Estado, o chamado projeto COTA ZERO que proíbe o transporte de pescado por parte daqueles que exercem a pesca esportiva e de turismo, limitando apenas o consumo local desse peixe. Tal iniciativa possibilita a manutenção do equilíbrio biológico e a adequada evolução das espécies e da biodiversidade, possibilitando assim a alternância econômica sustentável, através do fomento do turismo nas regiões servidas por esses cursos d’água.

É de conhecimento de todos, principalmente de órgãos ambientais e de associações que tratam das questões da natureza, que o manejo inadequado do estoque pesqueiro nativo tem provocado alterações radicais no equilíbrio ecológico subaquático da fauna e da flora de Goiás, levando algumas espécies à extinção e a outras a próximo disso, além de provocar mudanças de hábitos de convivência e de reprodução, inclusive com reflexos diretos na diminuição do tamanho dos exemplares dos peixes.

Assim, a agora lei da COTA ZERO, de minha autoria, apoiada pelo governo e pela sociedade organizada goiana, proíbe que sejam transportados os peixes pescados nos rios e demais cursos d’água do Estado, delimitando a pesca ao esporte e ao turismo, ficando liberado apenas o consumo próprio no local. Com esta iniciativa, desejo que Goiás avance ainda mais o seu desenvolvimento econômico de maneira sustentável e equilibrado, propiciando a ampliação da economia do turismo local, gerando mais riquezas e dando exemplo ao Brasil da enorme preocupação dos goianos com as questões preservacionistas e de que medidas como essa possam ser levadas a outros Estados da federação.

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