O Março Roxo é uma campanha que tem como objetivo promover a conscientização sobre a epilepsia e consiste em um esforço internacional dedicado a aumentar a atenção e o cuidado sobre a doença.
A epilepsia se caracteriza por uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causado por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante um curto período, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se.
Principais sintomas
A pessoa pode se apresentar “desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de partes do corpo. Além disso, a pessoa pode sentir um desconforto no estômago e ver ou ouvir de maneira diferente.
Depois do episódio, a pessoa pode se sentir confusa e ter déficits de memória. Quando as crises duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere consciência corre-se o risco de prejudicar as funções cerebrais.
Tratamento
O tratamento da doença é realizado com medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Nos casos com crises frequentes e não controladas pelas drogas disponíveis, é aconselhado a remoção cirúrgica da área cerebral em que as crises são originadas.
É importante estar atento e saber como proceder ao presenciar uma crise:
– Mantenha a calma e tranquilize as pessoas ao seu redor;
– Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
– Tente colocar a pessoa deitada de costas, em lugar confortável e seguro, com a cabeça protegida com algo macio;
– Nunca segure a pessoa nem impeça seus movimentos (deixe-a debater-se);
– Retire objetos próximos com que ela possa se machucar;
– Mantenha-a deitada de barriga para cima, mas com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
– Afrouxe as roupas, se necessário;
– Se for possível, levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
– Não tente introduzir objetos na boca do paciente durante as convulsões;
– Não dê tapas;
– Não jogue água sobre ela nem ofereça nada para ela cheirar;
– Verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
– Permaneça ao lado da pessoa até que ela recupere a consciência;
– Se a crise convulsiva durar mais que 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica;
– Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar.
Com informações do Ministério da Saúde*
Por Gabriel Spies/Ascom Unale