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Daniel Bramatti e José Roberto Toledo

A presidente Dilma Rousseff (PT) ampliou de seis para nove pontos porcentuais a vantagem em relação a Marina Silva (PSB), enquanto Aécio Neves (PSDB) interrompeu sua trajetória de crescimento, segundo a mais recente pesquisa Ibope/Estado/Rede Globo divulgada na terça (23). No 2.º turno, há um empate em 41% entre Dilma e sua principal adversária.

Na simulação de 1.º turno, Dilma passou de 36% para 38% das intenções de voto do eleitorado em uma semana. Marina oscilou de 30% para 29%, e Aécio manteve os mesmos 19% do levantamento anterior.

O tucano havia crescido quatro pontos porcentuais na semana passada e esperava manter o ritmo de retomada de eleitores perdidos depois da entrada de Marina na corrida presidencial. Ao se estabilizar em 19%, Aécio vê diminuírem suas chances de chegar ao 2.º turno. “É cedo para saber se Aécio parou de crescer”, disse Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope. “Se Marina continuar caindo, há possibilidade de ele se recuperar, porque ambos dividem perfil semelhante de eleitores.”

Dilma, que havia perdido três pontos porcentuais na pesquisa anterior, agora recuperou dois. Com 38%, ela tem 4 pontos a mais do que no levantamento do Ibope feito logo após a morte de Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo, em agosto. “Dilma está praticamente estável, mas as últimas três pesquisas mostram tendência/queda de Marina”, observou Marcia Cavallari.

A petista colhe seus melhores resultados na Região Nordeste (51%), nas cidades com até 50 mil habitantes (46%), entre os eleitores com até quatro anos de estudo (52%), com renda de até um salário mínimo (51%) e entre os mais idosos, acima de 55 anos de idade (47%).

Na segmentação por religião, Dilma tem mais eleitores entre os católicos (42%) que entre os evangélicos (32%). Nessa última faixa, Marina lidera, com 38%, mas sua vantagem caiu de 12 para 6 pontos.

Potencial. Além de medir a intenção de voto – ao apresentar a lista de pré-candidatos e pedir ao entrevistado que aponte seu preferido -, o Ibope cita o nome de cada concorrente e pergunta se o eleitor votaria nele com certeza, se poderia votar, se não votaria de jeito nenhum ou se não o conhece o suficiente para responder. A soma das duas primeiras respostas – “votaria com certeza” e “poderia votar” – é o potencial de votos de cada presidenciável, isto é, o teto de votação num determinado momento.

Publicado em O Estado de São Paulo em 24/09/14

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