Um projeto de lei governamental que será encaminhado à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, quer vender o terreno do estádio Juvenal Lamartine, para construir, com o dinheiro arrecadado, o primeiro hospital da zona oeste de Natal. Além da unidade de saúde, outro propósito é a construção de um complexo esportivo.
Um projeto de lei governamental que será encaminhado à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte quer vender o terreno do estádio Juvenal Lamartine, para construir, com o dinheiro arrecadado, o primeiro hospital da zona oeste de Natal. Além da unidade de saúde, outro propósito é a construção de um complexo esportivo na zona norte da cidade. A informação é do procurador geral do Estado, Miguel Josino Neto.
De acordo com o procurador, a mensagem do governo já irá vincular a destinação dos recursos. Segundo ele, o terreno está avaliado em cerca de R$ 30 milhões de reais, mas o governo também quer fazer outro estudo, acerca do potencial construtivo da área, que deve superar essa estimativa. “Iremos fazer tudo com a devida fiscalização da própria população, da Assembleia, do Tribunal de Contas e da Federação Norte-riograndense de Futebol”, disse Miguel Josino, durante a audiência pública que aconteceu esta tarde (9) na Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado Nelter Queiroz (PMDB).
O destino do Juvenal Lamartine continua gerando polêmica, pois muitos estão contrários à venda e defendem a sua permanência e a realização de novos investimentos para fortalecer o velho estádio, inaugurado em 1928 e que até a chegada do Machadão, em 1972, foi o principal centro das disputas futebolísticas do RN.
Leônidas Tavares, filho de Jorginho Tavares, um dos maiores ídolos do ABC, disse que manter o JL é preservar a história do futebol potiguar, posição corroborada por José Vanildo , presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol: “Essa situação que aí está é fruto da omissão do poder público e da falta de indignação do cidadão”. E citou como exemplo da falta de planejamento, o fato do clube América precisar jogar em outro município: “São erros do passado com conseqüências no presente”, disse. O presidente do Alecrim Futebol Clube, Orlando Caldas, também foi contrário à proposta do governo: “Nossa posição é pela revitalização do estádio”, disse enfático.
Hospital
Os deputados Tomba Farias (PSB), Poti Júnior e Hermano Morais (PMDB) também participaram do debate. Poti, vice-presidente do ABC, disse ser favorável à venda, mas que como desportista, defende a idéia de construção de um complexo desportivo. Tomba questionou a construção de um novo estádio, por levar muito tempo e defendeu a idéia de construção do hospital. Hermano elogiou a iniciativa da Casa, por permitir a discussão acerca do futuro do estádio que muito já contribuiu para a história esportiva do RN.