Gestão de documentos históricos é tema de debate na 27° Conferência Nacional da Unale

A preservação de documentos históricos das Casas Legislativas foi um dos assuntos  abordados no primeiro dia da 27ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores  e Legislativos Estaduais (Unale). Profissionais do acervo de Assembleias de todo o país se  reuniram para acompanhar palestras e discutir a importância da gestão documental na  construção da memória e na transparência legislativa.Os desafios relacionados à proteção  de dados também foram um dos focos centrais das discussões. 

Mara Regina Visnadi, superintendente do Instituto Memória da Assembleia Legislativa do  Mato Grosso, palestrou sobre a importância da preservação, do acesso e da  disponibilização de documentos, abordando temas como a Lei de Acesso à Informação  (LAI) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ela destacou o papel essencial da  documentação na construção da história política e legislativa, além dos desafios  relacionados à proteção de informações sensíveis. 

“A preservação dos documentos é fundamental, pois neles está registrada a história dos  parlamentares e do nosso trabalho legislativo. Precisamos equilibrar a transparência,  garantida pela Lei de Acesso à Informação, e a proteção de dados sigilosos, assegurada  pela LGPD. Esse cuidado é indispensável para que o acesso seja seguro, responsável e  respeite a privacidade”, afirmou a superintendente.  

Proposta de padronização nacional para a LGPD 

A unificação dos procedimentos relacionados à Lei Geral de Proteção de Dados nas  Assembleias Legislativas foi a proposta apresentada na palestra da servidora Ana Miranda,  da Assembleia Legislativa de Pernambuco e representante da Associação Nacional dos  Gestores de Documentos dos Legislativos Estaduais, Municipais e Distrito Federal  (AGEDOC). 

“A LGPD trouxe novos desafios para a gestão de documentos nas Casas Legislativas, e  nossa proposta é unificar os procedimentos, garantindo que o tratamento de dados seja  padronizado em todo o país. É fundamental que o que se aplica em Pernambuco também  seja seguido no Rio Grande do Norte, na Amazônia e em São Paulo, promovendo  uniformidade e eficiência na proteção de dados,” pontuou Miranda. 

Novas iniciativas 

A servidora Maria de Jesus, do setor de gestão de documentos da Assembleia Legislativa  do Amapá, afirmou que levará as ideias debatidas no evento para serem implementadas em  sua Assembleia. Uma das iniciativas que chamou sua atenção foi o Instituto Memória da  Assembleia Legislativa do Mato Grosso. 

“Gostei muito do modelo do Instituto Memória. É uma ideia que pretendo levar para a  Assembleia do Amapá, já que atualmente não temos um espaço dedicado à preservação da  nossa história. Um Instituto assim facilitaria muito as pesquisas, permitindo que estudantes  e cidadãos tivessem acesso às informações sobre nossos deputados e a trajetória política  do estado,” declarou Maria de Jesus.

Por Clariana Dantas

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