O dia 20 de fevereiro é conhecido como o Dia Nacional do Combate às Drogas e ao Alcoolismo. O objetivo é esclarecer a população sobre os danos que o consumo de bebida alcoólica e de drogas provoca no organismo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência em drogas lícitas é uma doença. O uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, crack e cocaína é um problema de saúde pública de ordem internacional que preocupa nações do mundo inteiro, pois afeta valores culturais, sociais, econômicos e políticos.
O alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada. Além da reconhecida predisposição genética para a dependência, outros fatores podem estar associados: ansiedade, angústia, insegurança, fácil acesso ao álcool e condições culturais.
Existem vários indicadores que podem sinalizar um padrão problemático de consumo de substâncias. Em primeiro lugar, mudanças significativas no comportamento são frequentemente um sinal que chama a atenção. Isso pode incluir alterações de humor frequentes, irritabilidade, agressão ou retraimento social. Além disso, a incapacidade de controlar o consumo, resultando em episódios de intoxicação frequentes ou em situações de risco, como dirigir sob o efeito de substâncias, é um indicador claro de abuso.
Outro aspecto a ser observado é o impacto negativo do consumo nas responsabilidades diárias e nos relacionamentos interpessoais. Se uma pessoa está negligenciando suas obrigações profissionais, acadêmicas ou familiares devido ao uso de álcool ou drogas, isso pode indicar um problema sério. Além disso, é importante prestar atenção em sinais físicos, como mudanças de peso inexplicáveis, problemas de saúde recorrentes ou aparência negligenciada, que podem ser sintomas de um consumo abusivo.
Política Pública e ações de prevenção
A política sobre drogas implica, não somente, ações de prevenção para o uso abusivo, mas também, ações para redução da produção e circulação de drogas, bem como ações de reabilitação de pessoas que se tornaram dependentes, quadro com características de maior gravidade para o cuidado.
Nos casos mais agudos de abuso de substâncias, a rede assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS). Para que seja possível a prevenção do uso abusivo de drogas, o tema deve estar presente em discussões efetivas em diversos setores da sociedade, de modo a promover reflexões profundas sobre a cultura de guerra/combate às drogas, que há anos vem sendo implementada em nosso país.
Por Danilo Gonzaga/Ascom Unale