No dia 01 de maio é considerado feriado em alguns países pelo mundo, como na América do Sul e no México, em quase toda a Europa Ocidental, na Rússia, na Índia, na China e na maior parte dos países da África.
Reinvindicações pelo mundo
Durante o século XIX era comum que os trabalhadores fossem colocados sob condições de trabalho degradantes. Por exemplo, a jornada de trabalho era superior a 12 horas por dia, sem direito a um dia de descanso, salários baixos e condições de segurança inexistentes, o que causava acidentes e afetava negativamente a saúde dos trabalhadores.
Essas péssimas condições levaram trabalhadores a se mobilizarem com protestos em 1º de maio de 1886. As ações reivindicavam, sobretudo, a redução da jornada de trabalho para oito horas por dia.
As manifestações causaram uma dura repressão contra os movimentos dos trabalhadores, com prisões, pessoas feridas e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia. E em memória aos que lutaram e pela conquista de diretos, o dia 1º de Maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalhador.
No Brasil
O dia foi instituído no governo de Artur Bernardes, em 1925, por conta de uma greve geral feita em São Paulo, no ano de 1917. Os operários e comerciantes da cidade permaneceram em paralisação durante dias por conta das condições precárias de trabalho. Dentre as reivindicações, eles solicitavam o aumento de salário, a redução da jornada de trabalho, a proibição do trabalho infantil e a proibição do trabalho feminino à noite.
Durante os meses de junho e julho de 1917, outros trabalhadores se juntaram ao movimento. Como resultado, as condições melhoraram e parte das reivindicações foram atendidas. Assim, os trabalhadores conquistaram, dentre outras coisas, o aumento de 20% de salário.
Na Era Vargas, foi dado mais um passo em direção à melhorias. No dia 1 de maio de 1940, Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo no país e, no mesmo dia, em 1941, a data foi utilizada para marcar a criação da Justiça do Trabalho.
Por Danilo Gonzaga/ Ascom Unale