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alfabetizazao_14_09O Dia Mundial da Alfabetização – instituído pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), com o objetivo de destacar a importância da alfabetização como base de toda a aprendizagem e que saber ler é um direito de todo ser humano – foi comemorado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal com a realização de uma sessão solene na manhã desta quinta-feira (13).

Para a deputada Arlete Sampaio (PT), que teve a iniciativa da solenidade, o Estado brasileiro tem essa dívida para com seu povo. “Devemos vincular a alfabetização à oferta de serviços públicos e investir na qualificação dos educadores, pois é inadmissível que tenhamos analfabetos funcionais e pessoas adultas que ainda não sabem ler e escrever”, defendeu.

Educadores de jovens e adultos; representantes de programas voluntários de educação popular e de universidades; professores; aprendizandos, além do secretário de Educação do DF, Denilson Bento da Costa, participaram da sessão no plenário da Casa.

O secretário anunciou que o GDF está se preparando “de uma forma mais efetiva” para dar continuidade ao programa Brasília Alfabetizada. “Não falamos em erradicar, que é uma palavra muito forte, mas em tornar o Distrito Federal numa unidade da federação alfabetizada”, afirmou. Ele disse ainda que o governo quer garantir que os jovens e adultos que já passaram pela primeira fase do programa tenham garantido o direito à matrícula em uma escola pública próxima de suas residências.

Representando o Movimento de Educação de Base (MEB), da Igreja Católica, o padre Gabriele Cipriani lembrou que o MEB foi “o primeiro empreendimento brasileiro para acabar com o analfabetismo”, no início da década de 1960. “Mas por representar uma proposta de educação criadora de cidadania, sofreu com a repressão”, acrescentou, observando que o MEB prossegue hoje prestando serviços de alfabetização “às pessoas excluídas”.

Duas universidades estiveram representadas no evento. Pela Universidade Católica de Brasília falou a professora Gleice  Gomes Lemos, do Projeto de Extensão de Educação Cidadã, que atende pessoas com mais de 18 anos. “Alfabetizar é libertar”, declarou Maria Luiza Pinho Pereira, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Ela fez menção ao aniversário de 50 anos da UnB e lamentou que muitos trabalhadores que participaram de sua construção permaneçam analfabetos.

A coordenadora do Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia tratou da importância do educador popular e criticou o valor da bolsa – R$ 250,00 – que é paga a esses profissionais. Ela também defendeu uma nova forma de tratar do sistema de vagas para os cursos de alfabetização de jovens e adultos.

Ao final da solenidade, foram entregues 27 moções de louvor a educadores e professores de várias regiões do Distrito Federal. “É um reconhecimento ao esforço de todos, que vêm se dedicando incansavelmente à missão de alfabetizar o próximo”, ressaltou Arlete.

Fonte: CLDF

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