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ambientalista

Joe Valle deputado distrital (PSB)

Eventos como a Copa do Mundo de 2014 representam oportunidades estratégicas. No caso do Brasil, ao reunir esforços  para    trazer     esse     evento,     enxergou-se uma oportunidade para ajudar a alavancar e a consolidar a economia brasileira rumo ao pleno desenvolvimento. Foi assim em boa parte do mundo. De fato, se soubermos aplicar um plano de gestão estratégica inteligente no gerenciamento deste acontecimento teremos uma oportunidade histórica para a nossa economia.

A presidenta Dilma Rousseff já disse em seu programa semanal de rádio que o Brasil pode ser referência para outros países que buscam o desenvolvimento sustentável. Temos a matriz energética mais limpa, somos um dos principais produtores de alimentos e chegamos a esses resultados aumentando a qualidade de vida, mantendo a maior reserva de água e a maior biodiversidade do planeta. Mas precisamos avançar mais. Temos mais de 220 milhões de hectares de terras agricultáveis ociosas e um longo caminho pela frente para nos tornar o país do desenvolvimento sustentável.

Dilma tem razão quando diz que o desenvolvimento sustentável é a combinação de três verbos: crescer, incluir e proteger. A Copa do Mundo, assim como a Copa das Confederações, as Olimpíadas e Paraolimpíadas, é um canal para expressar as tarefas que estamos empreendendo, capaz de conduzir o nosso país rumo ao novo marco civilizatório e a agricultura orgânica representa uma das fortes expressões de evidência desses esforços.

Muitas pessoas pensam que produtos orgânicos são apenas livres de agrotóxicos. Mas é muito mais que isso. Eles são recheados de valores que conceituam a sustentabilidade, tais como, respeito às leis trabalhistas, conhecimento acadêmico e popular e desenvolvimento de tecnologias ecológicas, preservação do meio ambiente, geração de renda, acolhimento das questões femininas como a singularidade biológica e emocional delas, igualdade de gêneros com ganhos iguais para ambos os sexos, rejeição ao trabalho infantil e absorção da força laboral de idosos e pessoas com necessidades diferenciadas, descentralização econômica e fortalecimento do desenvolvimento local, busca pela qualidade de vida de quem produz e consome.

O produto orgânico é resultado concreto de um novo modelo de produção que altera a lógica dos modelos atuais. A fim de mostrar ao mundo nossa capacidade de produzir alimentos de forma sustentável é que produtores reivindicaram o acesso desses alimentos durante o campeonato mundial criando o programa e selo “Copa Orgânica e Sustentável”.  A ideia é que uma simples alface ou cenoura orgânica, oferecida em hotéis e restaurantes, seja um ícone que expresse os esforços e as potencialidades do Brasil de vir a ser uma potência do desenvolvimento sustentável. Temos o desafio de mostrar um país revolucionário, diferente da conceituação clássica das superpotências baseadas em aparatos militares e máquinas de guerra.

Outra lembrança que a presidenta faz questão de citar em fóruns internacionais é que temos o mundo inteiro no Brasil. Ou seja, o nosso país acolhe pessoas das mais diversas origens, culturas e pensamentos.  Somos o país da diversidade. Somos uma espécie de Sala da Humanidade e podemos contribuir muito para o planeta e tenho certeza que a Copa Orgânica Sustentável deixará um legado ao mundo.

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