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A Comissão Nacional de Acompanhamento da Vacinação (Conav/Unale), representada pelo presidente da Pasta, Rodrigo Delmasso (Republicanos-DF), a presidente da Unale, deputada Ivana Bastos (PSD-BA), e pelos demais membros da comissão, Ângelo Almeida (PSB-BA), Coronel Adailton (PP-GO), Lídio Lopes (Patri-MS), Roberta Arraes (PP-PE), Goretti Reis (PSD-SE), Vinícius Camarinha (PSB-SP), Helena Duailibe (Solidariedade-MA) e Ana Cunha (PSDB-PA), participaram hoje de reunião com a embaixada da China, representada pelo ministro conselheiro Qu Yuhui.

“Nós da Unale, temos uma parceria antiga com o governo chinês, por meio de visitas técnicas, conferências e acordos de cooperação”, iniciou o evento a presidente Ivana. Anualmente, a Conferência Nacional da Unale recebe representantes do país, e a cada dois anos, participa da conferência realizada pela Associação Internacional das Cidades Irmãs da China (CIFCA).

O principal ponto de debate, foi levantado pelo presidente da Conav, deputado Delmasso, que questionou se os laboratórios chineses teriam interessem em fazer venda direta para os estados e qual o caminho mais indicado para essas transações. “Queremos saber se é possível firmar esse tipo de contrato, sem intermediários e, se possível, para apresentarmos a possibilidade aos nossos governadores”, questionou o parlamentar.

Em reposta, Qu Yuhui, disse que os três laboratórios chineses com vacinas já aprovadas e em uso contra a Covid-19 − Sinopharm, Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e CanSino, aplicada em militares – possuem interesse em estabelecer contrato com os governos estaduais, mas há implicações técnicas de capacidade produtiva que os impedem no momento. “Estamos com um problema mundial para o fornecimento de imunizantes e insumos, por isso o atraso com o Butantan. Temos recebido diversos pedidos e temos sim, a vontade de fornecer, mas primeiro temos que cumprir com os contratos já firmados”, pontuou o conselheiro

O diplomata ainda informou que, mesmo com essa escassez e certas burocracias para aprovação, é possível já estabelecer conexões para que no segundo semestre, esses contratos possam ser efetivados. Além disso, os outros dois laboratórios chineses já estão em negociação com o Ministério da Saúde, para que no futuro próximo, entrem no Programa Nacional de Imunizações, como já acontece com a Coronavac, produzida por Sinovac/Butantan e aplicada no Brasil e na China.

“Sei que há uma pressão enorme em cima da China para a elaboração de imunizantes e insumos para sua população e a população mundial. Mas seria possível termos uma previsão de entrega e quantitativo de repasse dos imunizantes para o Brasil?”, questionou a parlamentar sergipana, Goretti Reis.

Qu Yuhui falou sobre o desnível na distribuição mundial, em que muitos produtores como a Índia e os EUA estão restringindo a exportação dos imunizantes e pontuou que o mesmo não está sendo feito pelo governo chinês. Visto que o país imunizou cerca de 150 milhões de pessoas (10% da população) e ainda exporta mais de 50% dos imunizantes que produz.

Quanto aos prazos e quantitativos, disse que “houve um primeiro contrato entre a Sinovac e o Butantan, que envolve 46 milhões de doses, já entregues e a serem distribuídas até o final de abril. O atraso de insumos que fez com que o laboratório brasileiro suspendesse a produção da Coronavac se deve a questões técnicas mundiais e não políticas, mas deve ser sanado em breve. Além disso, este segundo contrato, deve ter um quantitativo ainda maior de imunizantes, a ser divulgado pelo instituto nos próximos dias”.

Tecnologia a favor do combate

Outro ponto em debate foi levantado pelo deputado Vinícius Camarinha, sobre a tecnologia no qual pessoas que estiverem geolocalizadas em um perímetro próximo de outras pessoas que informaram estar infectadas pelo novo coronavírus receberão um alerta. “China está avançada na questão tecnológica e esta tecnologia seria muito bem-vinda para nossos estados nesse combate”, validou Camarinha.

Em sugestão, aprovada pelos presentes, o diplomata propôs a realização de webinar para o repasse de conhecimento sobre tecnologias, por meio da Unale.

Marina Nery / Ascom Unale
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