Estamos passando por uma profunda transformação digital e a gestão pública não está alheia às mudanças. Um exemplo disso é o uso da inteligência artificial (IA), que avança nos governos federal e estadual. De acordo com uma recente pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, a tecnologia em cena é de longe a mais mencionada por 45% dos órgãos federais e 22% dos estaduais.
Historicamente associada à burocracia e à morosidade, a administração pública pode finalmente vislumbrar alternativas para desconstruir essa imagem. Nesse sentido, as govetchs são aliadas de peso. Com soluções eficientes, é possível, por exemplo, automatizar processos, reduzir a dependência de papel, aumentar a eficiência e diminuir erros humanos.
Além disso, as plataformas digitais simplificam a participação do cidadão nas políticas governamentais e tornam mais fácil o dia a dia das pessoas, permitindo que acessem serviços via web, participem de ações públicas e estejam mais engajadas com a comunidade.
Ainda nesse contexto, prefeitos, governadores e secretários podem basear suas ações em dados. Isso faz com que as tomadas de decisões sejam orientadas em evidências extraídas por business intelligence (BI). Há também o papel crucial dessas aplicações no que diz respeito à proteção de dados governamentais e à implementação de medidas de segurança cibernéticas, a fim de evitar violações e vazamentos de informações confidenciais.
No entanto, é preciso reforçar sobre os desafios que a inovação ainda encontra dentro dos órgãos públicos. O principal empecilho se volta à cultura tradicional de alguns setores, resistentes às mudanças e novas abordagens, além da escassez de recursos financeiros direcionados à tecnologia. A aquisição de novas ferramentas depende de dinheiro e da capacitação dos funcionários e isso requer investimentos substanciais.
Ainda assim, não é impossível implementar ações inovadoras na gestão pública, mas é preciso que as equipes estejam preparadas para adotar essas transformações. Portanto, os governos devem desenvolver estratégias extremamente claras, pensando nas áreas prioritárias, estabelecendo métodos específicos e alocando os recursos adequados.