Após quatro meses de trabalho, a Comissão de Saúde e Seguridade Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul apresentou um relatório traçando o diagnóstico real da Santa Casa de Campo Grande e sugerindo soluções para acabar com a crise na saúde pública do Estado.
Após quatro meses de trabalho, a Comissão de Saúde e Seguridade Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul apresentou um relatório traçando o diagnóstico real da Santa Casa de Campo Grande e sugerindo soluções para acabar com a crise na saúde pública do Estado.
Para o deputado Lauro Davi (PSB), presidente da Comissão de Saúde, a política de regionalização da saúde adotada nos últimos anos foi o principal motivo da crise. “Existem nas macrorregiões do Estado os hospitais e equipamentos que não possuem recursos humanos para atender adequadamente a população. Não havendo atendimento de alta complexidade no interior do Estado, consequentemente os pacientes são encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande”, explicou.
Do total de 256.350 procedimentos realizados em 2010, 28.081 foram em pacientes do interior, o que representa cerca de 2.340 atendimentos por mês para pacientes que não residem na Capital. O relatório aponta, também, o valor do repasse de verbas mensais como outro ponto responsável pela crise. “Considerando que os recursos não foram repassados, a Junta Interventora operou milagres mantendo o hospital de portas abertas até hoje. Considerando que os recursos existiram, abrem-se duas hipóteses: os gestores foram incapazes de administrar adequadamente ou os recursos tiveram destinos diversos da sua finalidade”, destacou.