“O eleitor avalia os candidatos para definir o seu voto”. A afirmação foi feita pelo cientista político Alberto Carlos Almeida em palestra no encerramento da 18ª CNLE. Autor dos livros “A cabeça do brasileiro” e “A cabeça do eleitor”, o palestrante disse, também, que “o jeito de ser brasileiro” é um dado que todo candidato a cargo majoritário deve levar em conta no decorrer de uma campanha política.
Citou, como exemplo, as reeleições dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luís Inácio Lula da Silva (PT), em 1998 e 2006. Segundo ele, ambos só chegaram ao poder por serem avaliados como “ótimo” e “bom, por 43% e 47%” do eleitorado, respectivamente
Num trabalho de levantamento feito por sua empresa, os técnicos constataram que a “linha limite” para garantir a eleição é o conhecimento do candidato pelo eleitorado numa faixa de 35% a 45% que o considere “ótimo” ou “bom”.
Nesse contexto, afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) leva vantagem na disputa contra os pré-candidatos da oposição, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB). O critério para definir a vantagem é o maior conhecimento das ações da representante petista pelo eleitorado.
Na opinião de Almeida, os candidatos oposicionistas precisam ser mais conhecidos do eleitor, embora eles tenham mais possibilidade de crescimento no decorrer da campanha, quando forem melhor avaliados pela população. Para ele, Aécio Neves é, no momento, mais conhecido do eleitor do que o ex-governador Eduardo Campos.
Durante sua palestra, Alberto Almeida mostrou vários gráficos e vídeos com pesquisas realizadas diretamente por sua empresa com eleitores.