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O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Chico Sardelli, anunciou na terça-feira (10), a criação de um comitê para o estudo de alternativas para o enfrentamento da crise hídrica. O grupo, formado por um parlamentar de cada partido com assento na Assembleia, deve, com a participação da sociedade civil organizada, buscar propostas que permitam ao Parlamento Paulista dar a sua contribuição ao esforço coletivo que vem sendo por toda a sociedade no sentido de reduzir o consumo de água.

Poços
Entre as medidas já iniciadas está a perfuração de um ou dois poços profundos (cuja água é bombeada desde o lençol freático) que devem suprir integralmente a demanda do Palácio 9 de Julho. O consumo per capita do prédio que abriga o Parlamento paulista (38 litros por dia) já está abaixo da média de edificios comerciais (50 litros), por contra de programas de uso racional da água implantados desde 2004. Apesar disso, a economia gerada de 40 mil m³ ao mês dará uma folga ao sistema Cantareira equivalente ao consumo de até mil casas populares.

Para que o processo de licitação tenha início, já foi estabelecida parceria junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão responsável pela outorga de poços artesianos (quando as águas fluem naturalmente do solo, num aquífero confinado) e semi-artesianos (quando é necessário bombeamento).

Solução econômica
O custo da obra, numa estimativa preliminar, é de R$ 150 mil, caso um único poço proporcione o fluxo necessário. Mesmo que sejam necessárias duas perfurações, ao custo de R$ 300 mil, o investimento se pagará em poucos meses. Isso porque o Palácio 9 de Julho se tornaria autossuficiente em relação à água que consome, e a taxa R$ 100 mil paga mensalmente à Sabesp cairia pela metade, pois só seria cobrado o serviço relativo à captação e tratamento de esgoto.

Entre outras propostas em estudo está a captação de água da chuva, que seria destinada a um reservatório de 10 mil litros. Essa água, que não apresenta qualidade suficiente para ser considerada potável, seria destinada à limpeza do prédio e à irrigação dos jardins.

Várias outras medidas, mais simples mas não menos eficientes, vem sendo tomadas há mais de uma década na sede do Legislativo estadual, que desde 2004 integra o Programa Uso Racional de Água (Pura) da Sabesp. O uso de torneiras automáticas e vasos sanitários que necessitam de menor fluxo de água já são padrão na Assembleia. Agora a economia será intensificada com a instalação de reguladores de fluxo em todas as torneiras. “Mesmo os aparelhos de ar condicionado são fonte de água de reúso”, afirma o presidente, explicando que cada unidade gera aproximadamente 15 litros por dia, e que essa água teve também ser coletada.

Segundo Chico Sardelli, a experiência por que passa a sociedade brasileira, passado esse momento de crise, deve deixar um legado positivo na convivência com o meio ambiente. Defensor do conceito dos edifícios verdes, Sardelli é favorável a outras formas de aproveitamento dos recursos naturais, como a instalação de paineis fotovoltaicos para captação de energia solar. Quanto ao uso de copos descartáveis para se economizar água, alerta para o fato de que eles devem ser feitos com material ecologiacmente correto e, após seu uso, devem ser destinados à reciclagem.

Conforme Edmir Chedid (DEM), que está à frente da 2ª Secretaria (órgão cuja atribuição abrange a manutenção do Palácio 9 de Julho), mais uma vez o Poder Legislativo mostra seu empenho para que o governo do Estado desenvolva ações que permitam a garantia da qualidade de vida à população. E a forma de colaborar com essas ações é participar dando o exemplo com iniciativas que permitam a forte economia no consumo de água. “O Legislativo vai tomar medidas relevantes como a escavação de poços para abastecimento próprio”, afirma o 2º secretário.

Fonte: Agência ALSP

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