
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira (20), a liberação do uso da vacina contra a covid-19 CoronaVac em crianças e jovens de 6 a 17 anos, com restrição da aplicação em imunossuprimidos dessa faixa etária.
A aprovação ocorreu em reunião extraordinária pública da Diretoria Colegiada da Anvisa, após um novo pedido de uso emergencial feito pelo Butantan, em 15/12. Os cinco diretores da agência votaram positivamente.
A ideia inicial do Butantan (fabricante da vacina) era pedir autorização para vacinar crianças a partir de três anos de idade, porém a Anvisa alegou falta de estudos suficientes para comprovar a eficácia para vacinar essa faixa de idade, com isso, até o momento foi decidido validar a aplicação da vacina da CoronaVac apenas em crianças com idade a partir de 6 anos.
A dose da CoronaVac é a mesma utilizada em adultos, diferente da Pfizer, que desenvolveu uma fórmula pediátrica exclusiva. O esquema vacinal para crianças é o mesmo recomendado para os adultos: duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias.
Segurança da Vacina
De acordo com o instituto Butantan, a CoronaVac demonstrou ser segura para crianças e adolescentes a partir dos seis meses até 17 anos. Os resultados são parte de um ensaio clínico de fase 3, realizado na África do Sul, Chile, Malásia, Filipinas e Quênia, que está investigando a imunogenicidade, segurança e eficácia da CoronaVac em 4.000 crianças e adolescentes.
Imunossuprimidos
As pessoas com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas. Eles têm o sistema imunológico mais debilitado e se tornam mais vulneráveis ao agravamento da doença. Entre os exemplos de patologias que enfraquecem a imunidade estão lúpus, HIV, artrite reumatóide, doenças inflamatórias intestinais, entre outras.
Os imunossuprimidos de 6 a 17 anos, a princípio não receberam as doses da Coronavac.
Por Danilo Gonzaga/Ascom Unale