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crack_sp_2Foi apresentado na quinta-feira (13), o levantamento sobre a situação do crack, maconha e outras drogas nos municípios paulistas, realizado pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALSP). Os dados, referentes a 2011, foram obtidos por meio de questionários enviados pela frente e que obtiveram a resposta de 299 municípios.

O levantamento foi apresentado pela psicóloga Egle Bellintani e por Shocrats Patrício da Guarda. Com foco na assistência e no tratamento das pessoas que já estão envolvidas com drogas, a pesquisa apontou índices alarmantes no aumento do uso do crack – são 50.511 pessoas envolvidas com a droga -, maiores apenas que no consumo de álcool.

“O crack cresceu em pouco tempo e isso é muito preocupante, tanto para a pessoa, quanto para a segurança pública e deve ser tratado como doença”, afirmou o médico pesquisador da Uniad/Unifesp na área de impacto das políticas públicas relacionadas ao Álcool e Pesquisas Comunitárias, Sérgio Duailibi.

Os pesquisadores consideram que esse aumento no uso da droga ocorre porque o crack tem baixo custo de confecção, efeito rápido e, por isso, o usuário tende a comprar mais e assim, oferecer lucro e mercado ao traficante. Segundo os dados levantados, o Brasil é o principal país consumidor de crack no mundo, totalizando 1,3 milhão de usuários, sendo que 800 mil estão no Estado de São Paulo. O avanço do crack está maior em municípios com população entre 50 e 100 mil habitantes.

Tratamento necessário
É fundamental o município ter convênios com comunidades terapêuticas, que são fator decisivo no tratamento e na prevenção das drogas. Outra questão relevante é a importância de o atendimento ser estendido aos familiares do usuário pois, em muitos casos, há outros usuários na família.

A reincidência no tratamento de dependentes químicos na rede pública chega a 50% dos casos nas cidades com maior população, já nas menores esse número pode chegar a 90%. Apesar disso, apenas 39% dos municípios afirmaram manter algum equipamento específico para o atendimento aos dependentes químicos.

Com relação ao ano anterior, houve aumento nesse tipo de investimento, sendo que, em 2011, as prefeituras investiram R$ 14 milhões nas comunidades terapêuticas. Os municípios dependem do repasse de verbas estaduais e federais, mas que não são suficientes para sanar a demanda.

O deputado Jooji Hato (PMDB) disse que “os municípios estão falindo, é uma epidemia que está se alastrando e o governo não percebe a importância de repassar maiores verbas e fazer ações preventivas”. O levantamento completo poderá ser encontrado no site: www.mapadocrack.com.br

Fonte: ALSP

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