A Assembleia Legislativa sediou, na tarde desta segunda-feira (1), reunião do Comitê Executivo da Rede de Mulheres Parlamentares das Américas. O evento antecede a 17ª Reunião Anual da Rede de Mulheres Parlamentares e a 7ª Consulta aos Parlamentares da Comissão Interamericana das Mulheres das Américas, que acontecem amanhã (2), a partir das 9h30, também no parlamento gaúcho.
No encontro, o colegiado aprovou o texto que deverá guiar os debates nesta terça-feira (2). Intitulado “Direitos das mulheres em risco: Desafios Estratégicos para a Igualdade nas Américas”, o documento remete à reflexão sobre movimentos e discursos, surgidos na última década, que desafiam o avanço dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. “Essas ações e narrativas conseguiram influenciar agendas políticas e decisões públicas e legislativas, causando retrocessos no exercício dos direitos e autonomia das mulheres. Isso teve efeitos negativos em áreas como educação, emprego e inserção no trabalho, participação política, saúde sexual e reprodutiva. Ao mesmo tempo, essas dinâmicas geraram condições que intensificaram a violência e a discriminação contra líderes mulheres, ativistas, defensoras e organizações feministas”, diz o documento.
Para enfrentar a resistência ao avanço da agenda de gênero, o texto-guia propõe a construção de uma aliança com lideranças femininas em espaços de tomada de decisão, organizações sociais que defendem os direitos das mulheres, academia e setores comprometidos com a igualdade em toda a região.
Presidida pela deputada estadual da Paraíba Camila Toscano, a reunião aprovou ainda os temas que deverão estar presente nas agenda de debates da Rede no biênio 2026/2027, como financiamento eleitoral, avanço na lei de cotas para garantir a proporção de 50% de homens e 50% de mulheres nas nominatas eleitorais e a adoção de mecanismos que assegurem o efetivo exercício dos mandatos femininos.
A Rede de Mulheres Parlamentares das Américas é integrada por mulheres membros de parlamentos da América do Norte, América Central, Caribe e América do Sul e tem como propósitos promover a igualdade de gênero e o desenvolvimento por meio da cooperação legislativa e troca de experiências e boas práticas.
Fonte: ALRS



