A integrante do Conselho Federal de Medicina Tatiana Della Giustina falou sobre as doenças relacionadas às enchentes no período dos Assuntos Gerais da reunião ordinária da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta quarta-feira (26). A participação foi a convite do presidente do colegiado, deputado Neri, o Carteiro.
Dados oficiais até 24 de junho apontam 424 casos confirmados de leptospirose, doença mais comum após inundações, seguida pela hepatite A, tétano e doenças diarreicas. Foram 22 mortes confirmadas e seis ainda estão em avaliação. Também estão em investigação outros três mil casos de infecção de um total de 5.889 notificações. Os municípios mais atingidos foram Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul e Alvorada.
Tatiana defendeu a adoção de quimioprofilaxia para pessoas expostas à água contaminada, uso de EPIs para realização de limpeza das casas e de hipoclorito para a higienização de utensílios domésticos, além de estratégias conjuntas a serem seguidas pelos municípios para combater roedores, que são os principais vetores da doença. Chamou atenção também para os sintomas que envolvem febre alta, dores musculares, especialmente nas panturrilhas, náuseas, vômitos dor de cabeça e tosse e podem aparecer até 30 dias após a exposição.
Ordem do Dia
Antes do pronunciamento da conselheira, os deputados aprovaram dois requerimentos para realização de audiências públicas. O primeiro, de autoria do deputado Adão Pretto Filho, propõe a realização de um debate sobre o impacto das mudanças no Código Ambiental do RS. O outro, apresentado pelo deputado Aloísio Classmann, tem como objeto o Plano de Ação de Contingência para Produtores de Pássaros Silvestres.
Participaram da reunião as deputadas Stela Farias, Kelly Moraes e Eliane Bayer e os deputados Pepe Vargas, Marcus Vinícius, Elizandro Sabino, Valdeci Oliveira e o presidente do colegiado.
