Ao longo dos próximos dias, São Paulo comemora a Semana Estadual de Educação, Conscientização e Orientação sobre a Fissura Labiopalatina. Criada pela Assembleia Legislativa em 2018, a campanha surgiu com o objetivo de dar visibilidade a uma das malformações mais comuns no país.
Autor da proposta para a criação de uma semana dedicada à doença, o ex-deputado Carlos Neder defendeu, durante a votação do projeto em Plenário, a realização de atividades educativas e preventivas para aumentar o conhecimento da população a respeito do problema.
“Essa vai ser uma oportunidade de acesso à assistência prestada por equipes especializadas multiprofissionais, compostas por cirurgiões dentistas, pediatras, fonoaudiólogos e outros especialistas que se fizerem necessários para o tratamento adequado”, afirmou.
A campanha também deve estimular a realização de ações voltadas à identificação precoce, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes com a malformação.
A doença
Popularmente conhecida como lábio leporino, a fissura labiopalatina é uma abertura na região do lábio que causa dificuldade na alimentação, provoca alterações na arcada dentária, compromete o crescimento facial e atrapalha o desenvolvimento da fala e da audição.
A deformação pode ser diagnosticada ainda durante a gestação, por meio de um exame de ultrassom ou de amostra do líquido amniótico, tendo em vista que os lábios se formam entre a quarta e a sétima semana de gravidez.
Apesar de o uso de tabaco e bebidas alcoólicas durante a gestação contribuírem para o aparecimento da complicação, a herança genética é um dos principais fatores de risco para a fissura labiopalatina, que acomete duas vezes mais homens que mulheres.