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Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente recebeu a presidente do Instituto Infância Protegida, Raquel Vieira

De acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o Brasil registra 673 casos diários de violência contra crianças de até seis anos. A maior parte das agressões é cometida por pessoas próximas à vítima, como pais, padrastos, madrastas e avós. Para debater o tema, a Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente recebeu nesta terça-feira (6), a presidente do Instituto Infância Protegida, Raquel Vieira.

“A gente sabe que em 90% dos casos acontece dentro da própria casa da vítima ou no entorno e quase sempre por pessoas próximas, quase sempre da própria família. Então a gente chama a atenção das famílias para esse trabalho desenvolvido pelo instituto”, destacou a convidada.

Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente do colegiado, deputado Alcântaro Filho (Republicanos). O parlamentar chamou a atenção para outro dado alarmante. Crianças de até 13 anos representam 61,3% das vítimas de estupro no país. “São dois dados que nos refletem essa condição, não só no Estado do Espírito Santo, mas a nível de Brasil, a gravidade do tema da violência contra criança, que nós aqui nesta Comissão temos debatido”, alertou o deputado.

A convidada falou sobre as ações desenvolvidas pelo Instituto Infância Protegida, no Espírito Santo. As atividades englobam ações preventivas, com orientações, palestras, trabalhos em parcerias com instituições de ensino, entre outras atividades. O instituto também atua no pós-crime, oferecendo suporte às vítimas com o acompanhamento de advogados, psicólogos e outros profissionais que possam prestar auxílio à criança.

“Mas a nossa luta é na questão da prevenção, nós queremos trabalhar menos o pós-crime e trabalhar mais a prevenção. Quanto mais informação a criança e o adolescente tiverem, melhor. Criança informada é criança que não fica calada, ou seja, ela tem como pedir ajuda e ela sabe a quem pedir ajuda”, afirmou Raquel.

A falta de apoio é um dos principais desafios enfrentados pelo instituto. “Não é fácil porque nós não temos apoio da iniciativa privada. A sociedade não olha com um olhar mais profundo para essa situação. A gente fica triste e usa o termo ‘Síndrome do Avestruz’, porque acham que infelizmente só acontece do lado e não acontece na própria casa ou com alguém da família”, concluiu.

Fonte: ALES

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