“Dificuldades do TEA na adolescência” foi o tema da roda de conversa com a psicóloga Elorena Araújo realizada na noite desta terça-feira (16) no Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). A atividade faz parte da programação do Teamarr referente ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o transtorno.
Com mediação profissional, os responsáveis por adolescentes com transtorno do espectro autista (TEA) puderam expor as dificuldades na criação dos filhos, sobretudo nesta fase em que há a transição da infância para a vida adulta. Além disso, foram abordados aspectos característicos da adolescência interligando-os aos conhecimentos relacionados ao autismo.
“Foi uma grande roda de conversa em que fornecemos dicas e orientações aos pais. Abordamos a questão socioemocional, tão presente nesta fase da vida, bem como trouxemos informações sobre sexualidade. Afinal, os adolescentes autistas têm contato com outras pessoas e é importante saber quem vai ensinar essas questões a eles”, frisou a psicóloga e palestrante Elorena Araújo.
Com uma filha autista de 14 anos, a pedagoga Elizabeth Rocha participou ativamente da roda de conversa. Ela recebeu a conclusão do laudo sobre o transtorno da filha apenas há três meses e considerou relevante a discussão sobre o assunto com outros pais.
“Desde que descobri o autismo da minha filha, tenho participado de várias palestras e aprendido muito, inclusive fiz o curso de primeiros socorros aqui no Teamarr. Acredito ser muito importante esses conhecimentos, porque você encontra pessoas que enfrentam desafios semelhantes e podem te ajudar, tanto por meio da psicóloga quanto pelas experiências de outras mães”, enfatizou.
A deputada Angela Águida Portella (RR), presidente do Programa de Atendimento Comunitário da ALE-RR, ao qual o programa Teamarr é vinculado, destacou que essa é uma das ações do centro para facilitar a comunicação e o entendimento dos adolescentes com TEA.
“Os autistas têm uma forma única de ser e enfrentam uma dificuldade significativa relacionada à interação social. Essa atividade busca proporcionar aos pais e familiares maior conforto, segurança e conhecimento para lidar com um período que já é naturalmente conflituoso e desafiador, principalmente nos aspectos de posicionamento social e profissional”, declarou a parlamentar.
Fonte: ALERR