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Foto/Divulgação

A luta contra o preconceito sofrido por pessoas com HIV/Aids motivou o discurso da deputada Teresa Leitão (PT) nesta quarta (15), durante a Reunião Plenária. A fala fez referência ao Dezembro Vermelho, campanha nacional que promove a prevenção, a assistência e a proteção aos direitos humanos dos que vivem com essa e outras infecções sexualmente transmissíveis.

“Este mês não é só para usar o lacinho vermelho, mas para alertarmos uns aos outros de que a doença tem tratamento e que a discriminação social também precisa ser tratada”, acredita a parlamentar, lembrando ter sido a autora da data estadual no Calendário Oficial de Eventos de Pernambuco.

A petista citou dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) segundo os quais 64% das pessoas com a infecção já sofreram preconceito, 46% ouviram comentários negativos no ambiente social e 41% foram discriminadas pela própria família. “Além disso, um quarto delas sofreu assédio verbal, quase 20% perderam o emprego ou a fonte de renda, 17% foram excluídas de atividades sociais por serem soropositivas e 6% relataram ter sido agredidas.”

Para Teresa, o estudo revela “marcas inconcebíveis que precisam ser enfrentadas”. “Também no Brasil, um levantamento nas capitais não deixa dúvidas de que esse processo cruel persiste. A pesquisa demonstrou que nosso País está em patamar similar às nações da África, onde não existe um histórico tão grande de mobilização social e de luta por direitos humanos em relação ao HIV/Aids”, lamentou.

A deputada atribuiu o fato a um “retrocesso” na sociedade brasileira. “Vivemos um tempo de muito obscurantismo, com negação da ciência e culto aos preconceitos. E isso tudo vindo do presidente da República”, afirmou. “Vemos o atendimento à saúde ser negado ou dificultado, quando a ciência já provou que é possível levar uma vida dentro dos chamados ‘padrões de normalidade’ se houver medicamentos.”

O Governo Federal também teria, de acordo com a parlamentar, “desprezado a educação sexual sem preconceitos e sem estigmas”. “Não dá para falar de HIV/Aids sem tratar de questões de sexo e de gênero”, argumentou. Teresa citou programa de gestões anteriores que abordava a saúde e a prevenção nas escolas, e lamentou os 43.941 novos casos de HIV e 37.161 de Aids diagnosticados no Brasil em 2020. “Não podemos deixar que essa situação permaneça”, concluiu.

Fonte : ALEPE

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