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A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) realizou, nesta quinta-feira (21/09), Sessão Especial, em alusão ao Dia Mundial do Alzheimer e ao Dia Nacional de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. A data, celebrada anualmente em 21 de setembro, foi escolhida em alusão aos cromossomos 21 e 9, que são afetados pela doença e sofrem mutações. Proposta pelo deputado Fábio Figueiras, a sessão reuniu profissionais da saúde do estado, dos municípios, médicos e especialistas para debater avanços em relação ao diagnóstico e tratamento da doença, bem como ouvir demandas do setor.

O Alzheimer, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é um tipo demência que, na maioria dos casos se desenvolve em pessoas com mais de 60 anos. Conforme a idade aumenta, cresce também a incidência de pessoas diagnosticadas. “Em todo o mundo, cerca de 35 milhões de pessoas sofrem com a doença de Alzheimer. No Brasil, chega a cerca de 1,2 milhão de pessoas – grande parte sem diagnóstico”, enumera o deputado Fábio Figueiras.

O deputado lembrou que a Assembleia não deve se omitir de trazer à Casa temas que são relevantes para a saúde da população e ouvir de especialistas sugestões de políticas públicas para trazer agilidade no diagnóstico e acesso ao tratamento. “As pessoas não debatem essa questão, mas falar sobre demências é importante para mudar comportamentos. No âmbito do poder público, a obra mais importante de qualquer gestor é mudar a forma como as pessoas pensam, e assim, reduzir o preconceito”, avaliou o parlamentar.

A patologia pode se caracterizar, inicialmente, com o esquecimento da realização de tarefas simples do cotidiano, a exemplo de atividades da rotina do trabalho, dificuldade em se comunicar, desorientação, entre outros. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer, a cada quatro segundos uma pessoa é diagnosticada com algum tipo de demência no mundo. A atenção da família é fundamental no tratamento da pessoa diagnosticada.

Walkíria Alves, do Conselho Nacional de Saúde, destacou duas demandas importantes para quem tem a doença u convive com pessoas diagnosticadas. “Primeiro, precisamos de apoio e reconhecimento ao trabalho dos cuidadores. Em segundo lugar, precisamos de ações e políticas públicas direcionadas à prevenção dos fatores de risco, incluindo investimentos e acesso à educação. É impressionante o alto número de pessoas analfabetas e com baixa escolaridade entre os doentes”, lamentou.

A representante do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Mônica Maruoka da Silva, lembrou das estimativas de crescimento da população idosa no país, aliado ao crescimento da expectativa de vida, de acordo com o último Censo realizado pelo IBGE. “Se fizermos um comparativo, as pessoas estão vivendo muito mais, e temos que ter orgulho do nosso envelhecimento, para que ele aconteça com dignidade, independência, autonomia e uma vida ativa, o que contribui para a prevenção de doenças degenerativas como o Alzheimer. Cabe ao Poder Públicogarantir o apoio necessário a essa parcela da população”, declarou.

Fonte: ALEPA

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