A União Nacional dos Legislativos e Legisladores Estaduais (UNALE) entrou na luta pela prevenção ao suicídio e à automutilação, somando-se ao esforço do Setembro Amarelo, campanha nacional em defesa da vida, lançada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e adotada em todo o país. O CVV é uma das ONGs mais antigas do país, fundada em 1962, filiada à Associação Internacional para prevenção do Suicídio (IASP). A ONG estimula a divulgação da causa e criou, ao lado da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, observado nesta terça-feira, 10 de setembro.
O deputado Dirceu Ten Caten (PT), que é presidente da Secretaria Nacional da Juventude da UNALE, em pronunciamento na tribuna chamou atenção para o suicídio, que é um tema que é central para a UNALE em 2019. “O suicídio é um problema de causas complexas e que precisam de ações imediatas, não podemos achar que vamos resolver com consultas agendadas”, conclamou, chamando a atenção dos deputados, do governo e da sociedade civil para o problema.
O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde um problema de saúde pública. Entre 2007 e 2016, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) registrou 106.374 óbitos por suicídio. Dados que nos informam que em média são quase 11 mil mortes por ano, 32 por dia, um suicídio a 45 minutos, mesmo período no qual três tentaram se matar sem sucesso.
Para o deputado Ten Caten, o número entre os jovens é maior. Ele defendeu a necessidade de construção de políticas públicas a serem adotadas pelo governo federal e nos Estados da federação. “Apesar dos números que nos assustam, o tema ainda é pouco debatido, mas que requer campanhas educativas para identificar os sinais, e oferecer ajuda, diminuindo o preconceito e a falta de informação”, disse.
Ele garantiu ainda o lançamento no Pará da Cartilha “Vamos Conversar?”, de prevenção ao suicídio, que a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) adotou para distribuição em todos os estados brasileiros. A cartilha foi elaborada pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), com base na orientação de especialistas, como o psicólogo Wagner Costa, além de educadores e jovens que vivenciaram essa problemática.
No Pará, a ALEPA está preparando, através do Departamento de Bem Estar Social – DEBES, coordenado pela psicóloga Carla Lobato, uma programação para o próximo dia 17 (Quarta), um dia de Valorização da Vida, disponibilizando no Hall de Entrada do Palácio da Cabanagem uma equipe de psicólogos para atender servidores do Poder Legislativo e pessoas que vierem até o prédio da Assembleia Legislativa, entre outras atividades.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para a oferta de ajuda profissional ou voluntária. “Todos nós temos casos, se não em nossas famílias, casos de pessoas conhecidas, próximas a nós, e é importante que possamos somar esforços no sentido de colaborar com a prevenção do suicídio com medidas efetivas”, finalizou Ten Caten.