A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), por meio da Procuradoria da Mulher, promoveu na manhã desta quinta-feira (23) a palestra “Outubro Rosa – Medicina Preventiva” com o Dr. Jorge Vaz, médico do Poder Legislativo. A atividade integra a campanha institucional em alusão ao Outubro Rosa e foi realizada em parceria com o Departamento de Bem-Estar Social (DBES).
A iniciativa busca reforçar a conscientização sobre a importância dos exames preventivos e da atenção aos sinais do câncer de mama, doença que é uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil. Durante o encontro, foram abordados temas relacionados à prevenção, diagnóstico precoce e cuidados com a saúde feminina. O Outubro Rosa é uma campanha mundial dedicada à conscientização sobre o câncer de mama e à importância do diagnóstico precoce, que aumenta significativamente as chances de cura da doença.
Durante a palestra, o médico Jorge Vaz abordou sinais, comportamento, diagnóstico precoce e chances de cura. “O que nós fazemos aqui é mais um cuidado com a mulher em relação ao câncer de mama, doença que mais mata as mulheres no mundo todo. Nossa função, enquanto profissional de saúde, é orientar sobre os cuidados a respeito do câncer de mama. É muito importante oferecer um diagnóstico precoce”, destacou. E Jorge Vaz lembrou ainda os fatores de risco: “É necessário que a mulher fique atenta à genética, à exposição hormonal, ao estilo de vida, à gestação e à amamentação. Outros fatores de risco incluem obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, história reprodutiva/hormonais e primeira menstruação”, completou.
Cerca de 73,6 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados por ano no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), uma em cada 8 mulheres receberá o diagnóstico de um tumor nas mamas em alguma fase da vida. De acordo com a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que, no período de 2023 a 2025, o câncer de mama continue sendo o segundo tipo de maior incidência, correspondendo a 10,5% do total de diagnósticos em mulheres (sem considerar o câncer de pele não melanoma). No Pará, assim como em âmbito nacional, é o segundo tipo de maior incidência entre as mulheres, atrás do câncer de colo de útero (excetuando o câncer de pele não melanoma).
Karla Lobato, diretora do DBES, enfatizou: “É fundamental termos uma avaliação individualizada, há diversos fatores de risco, já mencionados pelo Dr. Jorge Vaz, que colaboram para o aparecimento do câncer de mama. Portanto, somos multiplicadoras de informações e devemos levar o que aprendemos aqui às mulheres que não possuem orientação sobre o assunto.”
Redução da mortalidade
Em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu como objetivo a redução da mortalidade global por câncer de mama em 2,5% ao ano, entre 2020 e 2040. Contudo, o que se percebe é o aumento percentual, ao contrário da meta estabelecida pela OMS.
O rastreamento da doença, com a realização de mamografias a partir dos 40 anos, anualmente, é uma estratégia importante para reduzir as taxas de mortalidade, pois permite identificar tumores em estágios iniciais, ainda assintomáticos. Isso facilita o tratamento e aumenta os índices de sobrevivência. As pesquisas comprovam que esse rastreamento é capaz de salvar vidas, pois assegura o diagnóstico precoce, com chances de cura superiores a 90%. De 2015 a 2022, segundo o Panorama do Câncer de Mama, 30,5% dos casos da doença foram na faixa etária de 30 a 49 anos — 117,9 mil novos casos. A estatística reforça que o “rejuvenescimento” do câncer de mama já é uma realidade no Brasil.
Fonte: ALEPA



