Em reconhecimento à luta, às conquistas feministas em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) promove uma programação especial na Casa. Neste ano, a comemoração chega com a inauguração da mostra “Arte: Substantivo Feminino”, que ficará em cartaz, na sede do Parlamento goiano por uma semana, entre os dias 10 e 14.
O evento, realizado em parceria com a Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (Aflag), conta com uma exposição de obras de artistas goianas e com a exibição do documentário “O tempo que nos habita”, dirigido pela cineasta goiana Simone Caetano. A mostra fica em exposição durante toda a semana no saguão da Alego. Já a exibição do documentário está agendada para o dia 11, às 9h30, no auditório 2 do Palácio Maguito Vilela, e será seguida de bate-papo com a diretora do filme.
Também no dia 11, às 14 horas, será realizada a palestra “De mulher para mulher: as acadêmicas da Aflag e suas patronas”, com a participação de integrantes da academia. As atividades do dia contarão com a participação de 300 estudantes da rede estadual de ensino e o encerramento será marcado pela realização de sarau com apresentação musical de Andréa Luísa de Oliveira Teixeira.
O secretário de Esporte e Lazer da Alego, Jucelino Peixoto, destaca que os objetivos da atividade, além de divulgar o trabalho de artistas goianas, é incentivar a leitura, valorizar e estimular o protagonismo artístico de mulheres. “O evento reforça o compromisso da Assembleia Legislativa com a promoção e o acesso à cultura.”
O documentário
“O tempo que nos habita” resgata a luta de mulheres para romper barreiras sociais e ocupar lugares a elas historicamente negados. O filme, de 32 minutos de duração, também retrata o contexto de criação da Aflag, fundada há 55 anos pelas escritoras Rosarita Fleury, Nelly Alves de Almeida e Ana Braga, que também foi deputada estadual.
O documentário conta com participações das escritoras Augusta Faro, Elizabeth Abreu Caldeira (atual presidente da Aflag), Maria Elizabeth Fleury Teixeira (filha de Rosarita Fleury), Sandra Maria Fontoura Queiroz de Pina e Maria do Rosário Cassimiro (também professora). A artista plástica Rosy Cardoso, a musicóloga Maria Augusta Calado e a poetisa Heloísa Helena Campos Borges também marcam presença no filme.
A produção foi realizada com os incentivos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás.
Dia da Mulher
Celebrado, anualmente, desde 1975, o Dia Internacional da Mulher surgiu em decorrência de uma série de eventos anteriores, que vinham sendo protagonizados por movimentos de mulheres socialistas da América e da Europa, desde o início do século XX. O primeiro deles, uma jornada de manifestações pela igualdade de direitos civis e pelo sufrágio feminino, organizada pelo Partido Socialista da América, teria ocorrido em Nova York, em fevereiro de 1909.
No ano seguinte, a professora, jornalista e política marxista alemã, Clara Zetkin, importante personalidade da história do feminismo mundial, viria a defender, durante as Conferências de Mulheres da Internacional Socialista, em Copenhague, que uma data anual fosse estipulada para marcar tais celebrações. A partir de 1913, as mulheres russas passaram a celebrar o marco todo último domingo de fevereiro.
Em 8 de março de 1917, uma grande passeata de mulheres tomou as ruas da então Rússia Imperial, em protestos contra a carestia, o desemprego e a deterioração geral das condições de vida no país. Contando com a adesão do proletariado, o movimento acabaria por antecipar a Revolução de 1917 (que derrubou a monarquia e instaurou o socialismo na Rússia). A data viria a ser lembrada, pelo movimento socialista soviético, nos anos seguintes, como marco das lutas e conquistas femininas. Em decorrência desses feitos, em 1975, a Organização das Nações Unidas adotou definitivamente a data de 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
Programação
10 a 14 de março
– Horário: das 7 às 19 horas
Exposição de obras de artistas goianas
Local: saguão da Alego
11 de março
– Horário: 9h30
Exibição do documentário “O tempo que nos habita”, seguido de bate-papo com Simone Caetano (diretora do documentário) e Elizabeth Abreu Caldeira Brito (presidente da Aflag)
Local: Auditório 2 da Alego
– Horário: 14 horas
Sarau “De mulher para mulher: as acadêmicas da Aflag e suas patronas”, com integrantes da Aflag e apresentação musical de Andréa Luísa de Oliveira Teixeira
Local: Auditório 2 da Alego
Fonte: ALEGO